
A educadora matemática Fernanda Reinecke Bonin, de 42 anos, foi encontrada morta na última segunda-feira, dia 28, em um terreno baldio deserto e mal iluminado na Avenida João Paulo da Silva, próximo ao Autódromo de Interlagos, na zona sul de São Paulo. O caso está sendo apurado pela
Delegacia de Homicídios da Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). A Polícia Civil afirma que está avaliando imagens de câmeras de segurança, entrevistando moradores da casa e reunindo mais material para esclarecer o episódio. “As investigações estão em andamento para apurar se o crime configura latrocínio, como noticiado inicialmente, ou homicídio”, afirma a Secretaria Estadual de Segurança Pública (SSP-SP), em nota. Veja o que se sabe sobre o caso até o momento. Uma mulher de 42 anos foi encontrada morta na segunda-feira (28) na região de Interlagos,
na zona sul de São Paulo. O alvo foi identificado como Fernanda Reinecke Bonin, professora de matemática. Imagem: Reprodução/Rede Social O que ocorreu no dia do crime? Segundo a perícia, Fernanda saiu de casa no último domingo para ajudar o companheiro, de 45 anos, que teve um problema mecânico no carro, na Avenida Jaguaré, na zona oeste. Os dois eram casados há 8 anos, mas moravam em casas diferentes desde 2014. A mulher levava os dois filhos do casal para a casa da professora quando seu carro quebrou. Como estava com as crianças, pediu ajuda a Fernanda e enviou seu endereço. Imagens das câmeras de monitoramento do prédio mostram a vítima descendo do elevador sozinha, carregando o celular. Ela então sai do prédio em um Hyundai Tucson SUV para ajudar o companheiro. O marido teria sido a última pessoa com quem a professora de matemática entrou em contato.Leia também O que diz o companheiro de Fernanda? Segundo o companheiro de Fernanda, a professora não chegou ao local combinado. Em seu depoimento à polícia, ela afirmou que o carro voltou a funcionar cerca de meia hora depois e que ela foi até a casa da vítima para descer
em cima das crianças, mas ela não estava lá. No dia seguinte, a professora não foi trabalhar. Como seu marido não conseguiu contatá-la, ela decidiu registrar a perda de Fernanda na polícia. Quando e onde Fernanda foi encontrada? Seguindo uma denúncia anônima, policiais militares encontraram o corpo de Fernanda na última segunda-feira, dia 28. A vítima foi localizada em um andar
caído na Avenida João Paulo da Silva, na Vila da Paz. O local é considerado deserto e mal iluminado. Fernanda estava deitada de costas, vestindo calça, blusa, meias e sapatos,
aparentemente de pijama. Segundo as autoridades, o corpo apresentava indícios de estrangulamento. Um cadarço de sapato foi encontrado preso ao pescoço. O que aconteceu com os pertences da instrutora? O celular e o carro de Fernanda não foram localizados, o que levou a polícia a inicialmente pensar em roubo e homicídio. No mesmo dia, o foco da investigação passou a incluir homicídio. “É fundamental ressaltar que a natureza da ocorrência, conforme registrada em vídeo no boletim de ocorrência, pode ser avaliada e alterada ao longo da investigação, sem que haja viés para a investigação”, afirma a SSP-SP. Fernanda Reinecke Bonin era formada em Matemática pela Universidade de São Paulo (USP) e tinha especialização em Educação Especial pelo MacEwan College, no Canadá. Ela lecionava no Beacon College,”Uma instituição bilíngue de alto padrão, situada na zona oeste da cidade.” Fernanda deixou uma marca profunda na vida de inúmeros alunos e colegas de trabalho com sua devoção, compaixão e dedicação à educação e ao aprendizado, e fará muita falta”, afirmou a escola em um comunicado. Seu corpo foi velado nesta quarta-feira, 30, em um cemitério em Santo André, na região do ABC paulista. Como era o relacionamento da professora com seu marido? De acordo com o boletim de ocorrência, ao qual o Estadão teve acesso, a professora de matemática foi casada por oito anos com Fernanda Fazio, de 45 anos. Ambos não moravam juntos há um ano, após um período de idas e vindas. Eles frequentaram sessões de terapia de casal e buscaram a reconciliação. Juntos, eles tinham dois filhos, que se revezavam para ficar na casa das mães. A morte foi planejada? A polícia ainda não informou ter localizado, identificado ou prendido nenhum suspeito do crime e não forneceu mais informações sobre o caso. A delegacia informou nesta quinta-feira, 1º, que as investigações estão sendo realizadas para apurar se o crime configura latrocínio (roubo seguido de morte), como noticiado inicialmente, ou homicídio. Neste segundo caso, a hipótese é de que alguém planejou a morte da professora, possivelmente replicando um latrocínio. A Divisão de Homicídios do DHPP está investigando a morte de uma mulher de 42 anos, cujo corpo foi encontrado na manhã de segunda-feira (28), em um terreno na Avenida João Paulo da Silva, zona sul da cidade. A delegacia está analisando imagens de câmeras de segurança.conversando com os participantes das famílias e trabalhando para coletar aspectos que ajudem a esclarecer as realidades”, afirmou a divisão, em um comunicado.Veja também