A principal hipótese em análise é a de que Bruna Silva foi assassinada após sair de uma estação de metrô na Zona Leste, no dia 13. Seu corpo foi encontrado seminua, machucado e com sinais de violência. 1 de 3 Bruna Oliveira da Silva– Foto: Recreação

Bruna Oliveira da Silva– Imagem: Recreação

A Polícia Civil apurou, com base em imagens registradas por câmeras de segurança, que um homem pensou em seguir, aproximar-se e matar a estudante Bruna Oliveira da Silva, na Zona Leste de São Paulo, e está em diligências para localizá-lo e detê-lo.

A informação foi apurada nesta terça-feira (22) pela Divisão Estadual de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), que investiga o caso como homicídio e busca apurar a motivação do crime.

“Nossas equipes estão tentando encontrar esse rapaz, que sabemos que mora no local, mas não reconheceu a vítima. Nos vídeos analisados, ele aparece seguindo a aluna, mas depois disso as imagens não mostram mais nada, ou ambos. Acreditamos que ele a agarrou e a levou para o local onde a matou”, afirmou Ivalda Aleixo, supervisora ​​do DHPP.

A estudante tinha 28 anos e estava desaparecida desde 13 de abril, quando havia saído do terminal Corinthians-Itaquera do metrô a caminho de casa, onde morava com o pai. A TV Globo teve acesso a outro vídeo que mostra a vítima caminhando sozinha (veja abaixo).

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O corpo dela foi encontrado na quinta-feira (17) em um estacionamento próximo. Ela estava seminua e machucada, com sinais de violência e queimaduras. Um sutiã e um saco plástico foram encontrados ao lado dela, que foram apreendidos pelos peritos.

O Instituto Médico Legal (IML) da Superintendência de Autoridades Técnicas e Científicas está realizando exames para apurar a causa da morte. Segundo os peritos, uma possibilidade é que a jovem tenha sido agredida, queimada e asfixiada. No entanto, somente um laudo pericial poderá determinar exatamente como ela morreu.

A equipe forense também está avaliando se a aluna sofreu algum tipo de violência física. Os exames ainda não estão prontos.

O caso foi registrado inicialmente como “morte suspeita” para ser investigado na 24ª Delegacia de Polícia (DP), Ponte Rasa. No entanto, devido à sua complexidade, foi encaminhado ao DHPP, onde a delegacia especializada encontrou indícios de crime no corpo de Bruna.

“É mais do que provável que ela tenha sido assassinada”, afirmou Ivalda.

Corpo de aluna que fugiu após deixar terminal de Itaquera é encontrado com sinais de agressão em SP

Bruna deixou um filho de 7 anos de um relacionamento anterior. O ex-marido, o atual namorado da aluna e a família foram ouvidos pelas autoridades. Os depoimentos certamente auxiliarão as investigações na investigação que busca esclarecer sua morte.

Segundo relatos de familiares, antes de ir embora, a aluna foi à casa da namorada. “Quando vi que ela não tinha chegado, foi um choque”, afirmou Igor Rafael Sales, que namorava Bruna há 3 meses. Ele mora no Butantã, na Zona Oeste da capital. 2 de 3 Bruna Oliveira da Silva e o namorado Igor Sales — Foto: Arquivo Pessoal

Bruna Oliveira da Silva e o namorado Igor Sales — Foto: Arquivo Pessoal

Assim era Bruna

Bruna era formada em História pela Universidade de São Paulo (USP).Concluiu o mestrado em História Social pela Faculdade de Ideologia, Letras e Ciências da Pessoa (FFLCH) da USP em 2020. Recentemente, foi aprovada no programa de mestrado de pós-graduação em Transformação Social e Participação Política da Escola de Artes, Ciências e Humanidades (EACH) da mesma universidade. “Minha filha sempre lutou pelo feminismo. Ela era extremamente contra a violência contra as mulheres. Ela estudou sobre isso e morreu justamente porque ela mais temia e como eu mais temia. E aí eu me pergunto: ‘por que não fui eu?’. A dor teria sido menor”, afirmou a mãe da aluna, Simone da Silva, à TV Globo. Em nota, a diretoria da EACH lamentou a morte da aluna: “A diretoria envia suas condolências aos familiares e amigos.”

3 de 3 Pais de Bruna Oliveira– Foto: TV Globo

Mães e pais de Bruna Oliveira– Foto: TV Globo