
Na madrugada de domingo, dia 11, a Polícia Militar prendeu o terceiro suspeito da morte da professora de matemática Fernanda Reinecke Bonin, de 42 anos. Ela foi encontrada morta com sinais de estrangulamento no dia 28 de abril, próximo ao Autódromo de Interlagos, na zona sul de São Paulo. Rosemberg Joaquim de Santana, de 54 anos, foi preso dentro de uma empresa abandonada em Pedreira, na zona sul de São Paulo, após uma ocorrência apontar que o suspeito estava no local. Ele está sendo investigado por envolvimento direto no crime. Segundo boletim de ocorrência, ao qual o Estadão teve acesso, dois celulares foram subtraídos dele — os aparelhos agora passarão por verificação. O registro não conseguiu localizar o segurança de Santana. “O homem foi levado à sede do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), permanecendo à disposição da Justiça”, informou, em nota, a Secretaria Estadual de Proteção à Pessoa (SSP). A divisão acrescentou que o caso ainda está sob investigação. Publicidade Terceiro suspeito do assassinato de Fernanda Reinecke Bonin (foto) foi preso neste domingo. Foto: Reprodução/Rede Social Santana, preso neste domingo, é considerado comparsa e uma espécie de “pau para toda obra” da veterinária Fernanda Loureiro Fazio, ex-mulher do instrutor preso nesta sexta-feira, 9, também sob suspeita de participação no crime. As investigações indicam que a mulher, que teve a prisão preventiva decretada pela Justiça, é a principal suspeita de ter mandado de morte do companheiro. As investigações ainda apuram a autoria do crime. Uma das hipóteses mais difíceis é a de que o ato tenha sido motivado por ciúmes e pela não aceitação do término do relacionamento por parte da veterinária.Fernanda Fazio foi encontrada pelos policiais no escritório de seu advogado. Segundo a polícia, ela não tinha intenção de se entregar. Em sua declaração, a veterinária negou participação na morte de seu ex-cônjuge. Sua proteção não foi localizada. Anteriormente, outro suspeito, João Paulo Bourquin, foi preso temporariamente. Ele foi aparentemente reconhecido como um dos homens flagrados por câmeras de segurança abandonando o carro da vítima em uma rua próxima ao Autódromo de Interlagos. O homem declara que foi contratado pelos assassinos apenas para fazer o carro da instrutora desaparecer e nega participação na execução de Fernanda Bonin, embora a polícia tenha encontrado cadarços de sapato na casa da suspeita. Quando o corpo da instrutora foi encontrado, em um terreno baldio no bairro Vila da Paz, na zona sul, além de sinais de estrangulamento, havia um cadarço de sapato em volta do pescoço da vítima. A reportagem não localizou a defesa de Bourquin. Suspeitos abandonam o carro da professora morta em SP 0:21 Câmeras de segurança registram 2 indivíduos saindo do veículo horas após o crime. Crédito: Polícia Civil/ SP Segundo a Polícia Civil, 5 pessoas são suspeitas de envolvimento no crime. Além das 3 já presas, Ivo Rezende dos Santos e uma mulher, cuja identidade não foi divulgada, também estão sendo investigados por envolvimento. A polícia descobriu o nome de Santos e do homem detido neste domingo por meio de mensagens de celular localizadas no celular de Fernanda Fazio. Ele tem um mandado de prisão preventiva em aberto e continua foragido. Uma mulher, que ainda não possui mandado de prisão, também pode estar ligada ao crime.Segundo a Polícia Civil, no dia 27 de abril, Bonin foi atraída pelo ex-companheiro para a Avenida Jaguaré, na zona oeste. Ao chegar ao local, foi abordada pelos criminosos, esfaqueada e levada para um terreno próximo ao autódromo. Seus pertences, um carro (um Hyundai Tucson) e um celular, foram abandonados e encontrados dias após o crime, em uma rua próxima ao autódromo. Uma lâmina também foi encontrada no veículo, que pode ter sido usada para ameaçar a vítima. Fernanda Bonin foi encontrada no dia seguinte, com sinais de estrangulamento e um cadarço enrolado no pescoço. Ela teria saído de casa porque Fazio alegou que seu carro estava com problemas na caixa de câmbio e que precisava de ajuda. O instrutor foi até o local, mas, segundo a investigação, ela acabou sendo executada. A polícia ainda não sabe exatamente quem cometeu o crime, mas afirma que há indícios de que os três homens participaram da execução. Enquanto a educadora era abordada pelos criminosos, Fernanda Fazio foi à casa de Bonin para levar os dois filhos. Eles estavam separados há cerca de um ano e as crianças permaneciam na casa da vítima. Em depoimento à polícia, Fazio afirmou que o veículo havia voltado a funcionar e que ele foi ao apartamento da ex-mulher para levar as crianças. Ela informou aos investigadores particulares que ligou para as autoridades no dia seguinte, após a instituição relatar a ausência de Bonin./ ADICIONADO POR CAIO POSSATI