
Autoridades têm 12 joias roubadas ou arrombadas em São Paulo; cidadãos devem ir à sede do Deic, na Zona Norte da capital, para comprovar a posse dos anéis. 1 de 4 Anéis roubados em SP– Imagem: SSP
Anéis roubados em SP– Foto: SSP
A Polícia Civil de São Paulo está procurando as vítimas de ladrões de anéis em São Paulo para devolver os produtos aos seus donos.
O Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic) tem 12 joias apreendidas durante a Operação Ouro Reverso para identificar possíveis alvos de roubo ou arrombamento.
De acordo com a Secretaria de Proteção ao Público (SSP), o processo é importante para que a polícia comprove a origem ilegal dos itens e prossiga com as investigações.
Como é o processo de devolução?
A vítima precisa ir à delegacia para identificar o item roubado; Serão solicitados dados que comprovem a procedência do produto, como fotos, ficha ou antecedentes criminais; Após o reconhecimento, o item passará por perícia; Caso seja confirmado, o anel será devolvido ao proprietário.
A sede do Deic fica na Avenida Zaki Narchi, 152 – Carandiru, na Zona Norte da capital.
“Quando a vítima comparece à delegacia e reconhece o item, descarta-se a hipótese de que aqueles anéis pudessem ter sido utilizados apenas como moeda. Com a comprovação do furto, podemos comprovar que as lojas onde o ouro foi comercializado cometeram o crime de receptação qualificada de produtos furtados”, explica o policial Fernando David. 2 de 4 A médica Marília de Godoy Dalprá, vítima de violência doméstica no Parque Continental, em SP, mostrou a mão machucada pelos bandidos.– Foto: Reprodução/TV Globo
A médica Marília de Godoy Dalprá, vítima de violência doméstica por criminosos no Parque Continental, em SP. Ela mostrou a mão machucada pelos bandidos. — Imagem: Reprodução/TV Globo
SP tem 22 alianças roubadas ou furtadas por dia no primeiro bimestre
O estado de São Paulo teve 22 alianças roubadas ou furtadas por dia no primeiro bimestre de 2025 em comparação ao mesmo período do ano passado. Os dados são do portal de transparência da Secretaria de Defesa Pública (SSP).
Os dados revelam o número de registros policiais de roubos e furtos, e não o número de alianças e anéis roubados. Considerando que é possível que mais de um item tenha sido levado por ocorrência, o número pode ser maior que o número de registros.
Em março, o preço do ouro atingiu, pela primeira vez na história, a marca de US$ 3.000 (R$ 17.000) a onça (31 gramas), com a demanda pelo metal precioso aumentando em meio à incerteza econômica sobre o impacto de uma guerra comercial mundial.
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Procurada, a SSP informou que a “Polícia Civil conduz investigações focadas em desmantelar as redes criminosas que atuam no mercado clandestino desses itens e executa ações de inteligência”. (Leia a mensagem completa abaixo.)
Segundo levantamento do g1, entre janeiro e fevereiro deste ano, pelo menos 1.333 alianças e anéis de casamento foram levados por assaltantes — ante 851 nos dois primeiros meses de 2024. Ou seja, um aumento de 56%.
Só os recursos de São Paulo respondem por 57% das situações,assumindo a liderança no ranking de uma das cidades mais inseguras para esse tipo de crime.
Entre as 10 cidades com mais ocorrências, sete ficam na Região Metropolitana de São Paulo. São elas: Santo André, Osasco, Taboão da Serra, Embu das Artes, Guarulhos, São Bernardo do Campo e Diadema.
O levantamento também aponta que nove em cada 10 casos ocorreram em vias públicas, totalizando 1.198 ocorrências. Em seguida, vêm residências (59) e estacionamentos (13).
O horário do dia também influencia: a manhã é um dos períodos mais perigosos, com 462 ocorrências, seguido pela tarde (409), noite (315) e madrugada (108).
Por haver anéis de alto valor, também vemos uma alta no preço do ouro, principalmente em um momento de volatilidade financeira. Estamos começando a perceber que os criminosos têm se concentrado exclusivamente em alianças de casamento, o que infelizmente acaba sendo um padrão no estado de São Paulo– Rafael Alcadipani, professor de Segurança Pública da FGV-SP, em entrevista ao SP1 3 de 4 Arrombamentos e roubos de alianças de casamento em SP nos primeiros dois meses de 2025– Foto: Art/g1
Arrombamentos e roubos de alianças de casamento em SP nos primeiros dois meses de 2025– Foto: Art/g1
4 de 4 Médica tem costela quebrada por ladrão que atacou seu dedo para roubar aliança de casamento– Imagem: Recreação
Médica tem costela quebrada por ladrão que mordeu seu dedo para roubar aliança de casamento– Imagem: Reprodução
O que diz a SSP
“A SSP intensificou os esforços para combater roubos de itens valiosos, como relógios de luxo e joias da moda, incluindo alianças de casamento.A Polícia Civil realiza investigações visando desarticular as redes criminosas que atuam no mercado negro desses itens e realiza ações de investigação, com o objetivo de identificar os responsáveis por esses crimes e seus pontos de venda. Além disso, a Polícia Militar tem intensificado o patrulhamento nas áreas mais vulneráveis a esse tipo de crime. Nos últimos três anos, a 4ª Vara de Inquéritos Criminais contra a Propriedade Industrial, do DEIC (Departamento Estadual de Investigações Criminais), vem realizando intenso trabalho de combate a furtos e roubos de relógios de luxo e goias. Nesse período, a unidade autuou 400 pessoas, das quais 160 foram presas em flagrante. Além disso, foram solicitados 315 pedidos de prisão preventiva e 190 de prisão temporária, com o objetivo de desarticular quadrilhas ligadas a esse tipo de crime. A ação do grupo também resultou no cumprimento de 622 mandados de busca e apreensão e na identificação e prisão de 36 receptadores.
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