
O sorriso de Francisco está reproduzido na parede da entrada de um centro na Luz, área central da cidade de São Paulo. O Centro do Papa, que em breve receberá o nome do pontífice, é um esforço para oferecer atendimento imediato à população que vive nas ruas da capital. O projeto está em funcionamento há dois meses, com integração entre as políticas de saúde federais e locais. O espaço é administrado pelo Padre Júlio Lancelloti, que também colabora com a Pastoral do Povo de Rua da Arquidiocese de São Paulo, e para quem a presença do pontífice transcende a imagem, o nome e a inspiração. Notícias relacionadas: “A sua tradição é esta existência
, que não se vê com os olhos, mas se sente no coração”, afirmou o padre, em entrevista à imprensa nesta terça-feira (22). Júlio Lancelloti destacou que a formação de Francisco deve durar muito tempo, pois ele não foi um papa “apenas” da Igreja Católica, mas um papa do mundo, com preocupações com questões atuais, como a pobreza e o meio ambiente. “[Francisco]
foi um papa com preocupações ecológicas, com preocupações com a ecologia importantes. Nunca tivemos uma encíclica como a Laudato Si [sobre a Cuidar da Nossa Casa Comum, 2015]. Ela teve um impacto na humanidade, e observe que nenhum especialista em meio ambiente realmente testou a encíclica, porque o papa não a escreveu sozinho, ele não se sentou lá e a escreveu, ele teve o apoio de centenas de pessoas. Essa é a beleza dela, um documento denso, profundo e forte”, disse o pároco. No documento, Francisco criticou o consumismo e pediu que o mundo se unisse na luta contra a degradação ambiental. Integrada à rede básica de saúde,A solução forneceu a inoculação para a população hoje. “Infelizmente, o negacionismo também chegou às ruas. Então, há uma ansiedade natural ou sonhos, mas é somente com proximidade e contato que você os supera. E não é instantâneo, é um processo longo. E como você convence? Como você convence alguém? Eu também vou me vacinar”, explicou ele, após tomar uma dose da vacina. Para o padre, o Centro de Rua é sobre viver o legado do cuidado, da graça, de acolher aqueles que ninguém quer.
“Esse tratamento para a pessoa, que “é um grande legado do Papa Francisco”, concluiu.