Fernanda Bonin foi encontrada morta com sinais de estrangulamento em abril. Ao todo, cinco pessoas são suspeitas de participação no crime, incluindo a ex-mulher da vítima.

Mulher vista abandonando carro de educadora morta em SP se entrega às autoridades em SP

A mulher que aparece em um vídeo abandonando o carro da professora Fernanda Bonin, assassinada no final de abril na Zona Sul de São Paulo, se entregou às autoridades e foi presa na tarde desta segunda-feira (12).

A Divisão Geral de Segurança Pública (SSP) alegou que Jane Maria da Silva se entregou voluntariamente ao Departamento de Homicídios e Segurança Pessoal (DHPP). Havia um mandado de prisão expedido contra ela pela Justiça de São Paulo a pedido da Polícia Civil.

A mulher está sendo investigada pelas autoridades e permanecerá presa. Um vídeo obtido pela TV Globo mostra uma mulher e um homem abandonando o carro da professora próximo ao Autódromo de Interlagos. Segundo a polícia, é Jane quem aparece nas imagens (veja a lista abaixo). No total, cinco pessoas são consideradas suspeitas de participação na ação criminosa. Um homem, Ivo Resende dos Santos, continua sendo procurado. Nas imagens, é possível ver que ambos saem do carro, ficam parados por alguns segundos, olham para fora e começam a se distanciar do carro. Segundo a perícia, a ex-mulher é a mandante do crime, que teria sido motivado por ciúmes. Segundo o DHPP, ela agiu com os dois homens para eliminar a educadora. A morte da vítima passou a ser investigada como feminicídio, que é o assassinato de uma mulher em razão de seu gênero.

Câmera flagra casal abandonando carro de professora encontrada morta na Zona Sul de SP

1 de 3 A educadora Fernanda Bonin, de 42 anos, foi encontrada morta em um terreno baldio próximo ao Autódromo de Interlagos — Foto: TV Globo/Reprodução

A educadora Fernanda Bonin, de 42 anos, foi encontrada morta em um terreno baldio próximo ao Autódromo de Interlagos — Foto: TV Globo/Reprodução

Desde o dia do desaparecimento da instrutora, em 27 de abril, a situação teve uma série de agravamentos. Abaixo, confira os eventos em ordem cronológica:

27 de abril → perda

Câmeras de segurança do prédio onde Fernanda Bonin morava registraram a educadora dirigindo o veículo pela última vez na noite de 27 de abril, por volta das 18h50. O carro consta como “não recuperado” no boletim de ocorrência.

As câmeras do prédio a filmaram no elevador. Em seguida, seu veículo, um Hyundai Tucson prata, aparece saindo da garagem e do apartamento.

Segundo o primeiro depoimento de Fernanda Fazio, Fernanda Bonin teria saído do apartamento para ajudá-la na Zona Oeste da cidade. A suspeita relatou às autoridades que ligou para a professora pedindo socorro, pois seu carro estava parado com problemas mecânicos na Avenida Jaguaré.

Inicialmente, o Departamento Estadual de Perícias Criminais (Deic) suspeitou de um roubo seguido de morte. O celular e o carro da vítima estavam desaparecidos.

28 de abril → corpo encontrado

Na manhã de 28 de abril, a professora foi encontrada morta em um terreno baldio próximo ao Autódromo de Interlagos. A Polícia Militar foi acionada após uma denúncia sigilosa.

Fernanda estava deitada de costas, com um cadarço enrolado no pescoço, com marcas de estrangulamento.

30 de abril → caso investigado como homicídio

Em 30 de abril, a Polícia Civil iniciou a investigação do caso como homicídio. As autoridades suspeitavam que a professora pudesse ter sido morta por um assaltante ou por alguém que desejava assassiná-la por motivo até então desconhecido.

2 de maio → ex-mulher presta depoimento

Em 2 de maio, Fernanda Fazio, ex-companheira da professora, prestou depoimento à Polícia Civil, que durou cerca de 2 horas. Ela iniciou seu depoimento contando como encontraria o ex-companheiro no dia em que foi morta.

6 de maio → vídeo mostra casal abandonando carro

Em 6 de maio, a TV Globo teve acesso às imagens de uma câmera de segurança que registrou o momento em que um casal abandonou o carro da professora Fernanda Bonin, próximo ao Autódromo de Interlagos, no mesmo dia em que ela desapareceu.

Nas fotos, é possível ver que o conjunto sai do carro, fica parado por alguns segundos, olha para fora e começa a se afastar do caminhão.

No mesmo dia, foi divulgada a informação de que o DHPP solicitou à Justiça a apreensão temporária de uma das pessoas flagradas abandonando o carro da professora.

A solicitação foi feita porque investigadores particulares localizaram e identificaram uma impressão digital que estava no veículo da vítima.

7 de maio → apreensão do suspeito

No dia 7 de maio, a Justiça de São Paulo ordenou a apreensão temporária de uma das pessoas flagradas abandonando o carro da professora.

No mesmo dia, as autoridades prenderam o homem que pretendia abandonar o caminhão. Segundo a TV Globo, o suspeito confirmou em seu depoimento que abandonou o carro no local e negou ter participado do assassinato.

9 de maio → autoridades concluem que ex-mulher foi a mandante

No dia 9 de maio, a polícia concluiu que a morte da professora Fernanda Bonin foi encomendada por Fernanda Fazio, sua ex-companheira, motivada por ciúmes.

Investigadores da Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa solicitaram à Justiça a prisão de Fazio. Sua proteção não foi localizada pelo boletim de ocorrência.

Também foi solicitada a prisão de outras duas pessoas, consideradas autoras do crime.

9 de maio → prisão da ex-mulher

Ainda nesta sexta-feira (9), Fernanda Fazio se apresentou às autoridades e foi detida.

O caso, que inicialmente era investigado como arrombamento seguido de morte, agora é investigado como feminicídio.

Ao todo, cinco pessoas são consideradas suspeitas de participação no crime:

Fernanda Fazio (presa temporária): ex-mulher da vítima, apontada como mandante; João Paulo Bourwuin (preso temporariamente): preso em 7 de maio, o suspeito é visto dirigindo o carro da professora no dia do crime; Rosemberg Joaquim de Santana (preso temporariamente): suspeito de matar a vítima; Ivo Resende dos Santos (procurado): suspeito de matar a vítima; Mulher que aparece em vídeo abandonando o carro da vítima: a polícia solicitou sua prisão, mas a Justiça ainda não se pronunciou. Sua identidade não foi divulgada.

Em nota, a Secretaria de Segurança Pública (SSP) informou que “as diligências estão em andamento para encerrar o caso.”

2 de 3 Veículo da professora Fernanda Bonin localizado na Zona Sul de SP– Foto: Televisão Globo

Carros e caminhão da educadora Fernanda Bonin localizados na Zona Sul de SP– Foto: Televisão Globo

Como ocorreu o crime

Câmeras de segurança revelam que a educadora saiu sozinha do prédio onde se hospedava, na Zona Oeste.

Imagens das câmeras do prédio onde Fernanda morava a mostram no elevador por volta das 18h50. Em seguida, seu carro, um Hyundai Tucson prata, aparece saindo da garagem e deixando o condomínio. Depois disso, ela não foi mais vista.

Seu corpo foi encontrado com uma corda no pescoço. Peritos da Polícia Técnico-Científica colaboram com a hipótese de que ela tenha sido asfixiada.

3 de 3 Câmeras de segurança registraram Fernanda Bonin no elevador do prédio e atropelada por um automóvel em São Paulo– Imagem: Recreação

Câmeras de segurança registraram Fernanda Bonin no elevador da estrutura e saindo do veículo em São Paulo — Foto: Recreação

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