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Um corpo encontrado em um estacionamento na Avenida Miguel Ignácio Curi, na zona da Vila Carmosina, zona leste de São Paulo, foi identificado por moradores como sendo de Bruna Oliveira da Silva, de 28 anos, desaparecida desde a noite deste domingo, 13.

A foto foi divulgada por Bruna Oliveira da Silva em comemoração ao seu ingresso no mestrado da USP; ela faria estágio em uma equipe local na zona leste. Imagem: Reprodução via Instagram

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Segundo a Secretaria de Segurança Pública (SSP), o episódio foi registrado como morte suspeita na 24ª DP (Ponte Rasa), que “realiza investigações em auxílio ao DHPP (Departamento de Homicídios e Defesa Pessoal) para esclarecer a verdade e identificar o autor do crime”. As autoridades não informaram se há suspeitos ou hipóteses para um possível crime. De acordo com o registro policial, o corpo de Bruna foi encontrado usando apenas roupas íntimas, o que pode indicar estupro. As autoridades solicitaram que um laudo pericial fosse realizado no local e que a vítima fosse submetida a um exame de sexologia. “Ela ficou revoltada, estava extremamente consciente dos casos de violência física contra a mulher. É extremamente lamentável que ela tenha se tornado mais uma vítima. Cabe a nós continuar o legado dela, não deixando casos como este impunes”, disse Karina Ribeiro Amorim, amiga de Bruna, ao Estadão. Bruna desapareceu por volta das 22h de domingo, após sair da casa do namorado no Butantã, na Zona Oeste. Segundo amigos, ela desceu na estação de trem de Itaquera. Ela provavelmente tinha ido a uma banca de jornal para carregar a bateria do celular e pedir um carro por aplicativo para voltar para casa, que fica nas proximidades.Ainda não há informações sobre se ela entrou direto em um caminhão, saiu a pé ou de transporte público. Leia também: Bruna tinha um filho de sete anos e era turismóloga, formada em 2018 pela Faculdade de Artes, Ciências e Artes da Universidade de São Paulo (EACH), na USP Leste. Ela afirmou nas redes sociais que tinha “entusiasmo e habilidade para criar experiências de viagem extraordinárias”. A menina havia começado o mestrado em Adaptação Social e Engajamento Político na instituição de ensino há alguns meses. O objetivo era dar continuidade à pesquisa realizada para o trabalho de conclusão de curso (TCC), referente a um grupo de atividades esportivas local, localizado sob o Viaduto Alcântara Machado e desenvolvido por moradores de rua. Um termo de reconhecimento emitido pelo programa de pós-graduação “insta a USP – e, em especial, a EACH – a se posicionar firmemente junto ao poder público, cobrando medidas concretas que promovam a segurança na área limítrofe à região onde ocorreu o crime”, afirmando que a Instituição pode contribuir para usos públicos mais competentes da área. Publicidade “Estamos todos consternados”, afirma Reinaldo Pacheco, que foi professor de Bruna durante a graduação e idealizador de uma sala de aula da qual ela recentemente participou. Ele lembra que a aluna continuou frequentando as aulas quando engravidou. Pacheco estava conversando com Bruna no domingo ao meio-dia sobre a submissão de um artigo com parte de sua pesquisa para uma importante revista acadêmica nacional. “Ela era uma aluna interessada em aprender e compartilhar conhecimento com outras pessoas, decepcionada com a opressão social e as desigualdades gritantes na cidade de São Paulo. Sentiremos muita falta dela”, diz ele.”A cidade que ela queria ajudar a transformar nos desanima, é extremamente prejudicial.” Segundo Karina Ribeiro Amorim, amiga que auxiliou a mobilização para encontrar Bruna desde domingo, ela sempre se preocupou com as pessoas ao seu redor, com questões sociais

, e era especialmente dedicada ao filho. Publicidade: “Ela era muito feliz, simpática, conversava com todo mundo, sabe? Ela fazia amizades com muita facilidade porque a personalidade dela era envolvente”, lembra. Segundo a amiga, Bruna teve que parar de estudar por um tempo para se dedicar ao filho e começou a trabalhar em outro lugar para passar mais tempo com ele. Com o filho mais velho, ela estava retornando aos estudos com um mestrado. “Ela teve dificuldades financeiras para pagar a faculdade particular dele, controlou o tempo que ele passava diante das telas e se preocupou em criar memórias incríveis da infância para ele com viagens e passeios”, lembra a amiga. Ela estava extremamente furiosa e consciente de situações de violência física contra mulheres. É deprimente que ela tenha se tornado mais uma vítima. Depende de nós preservar sua herança, não permitindo que casos como este fiquem impunes. Publicidade e marketing

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