
O último fim de semana de abril de 2025 traz preocupações para a região Sudeste do Brasil, com previsões de chuvas intensas, ventos fortes e risco de interrupções nos grandes centros urbanos. São Paulo e Rio de Janeiro, especificamente, estão enfrentando problemas climáticos adversos, com tornados que podem causar alagamentos, deslizamentos de terra e transtornos no trânsito. A instabilidade, que começou a se intensificar na quinta-feira, 24 de abril, deve atingir seu ápice na sexta-feira, 25 de abril, e prosseguir, com menor intensidade, ao longo de sábado e domingo. A combinação de sistemas de baixa pressão, alta umidade e ventos fortes cria um cenário propício para eventos climáticos extremos, principalmente em áreas atualmente inundadas pelas chuvas de um abril extremamente úmido. Em São Paulo,
a capital e regiões vizinhas estão em alerta para chuvas acumuladas que podem ultrapassar a média histórica para o mês. A Climatempo prevê que, entre sexta-feira e sábado, a cidade receberá entre 70 mm e 90 mm de precipitação, quantidade próxima ao padrão para todo o mês de abril, que é de 87 mm. Essa situação aumenta o risco de alagamentos em áreas metropolitanas, queda de árvores e interrupção de vias públicas. No Rio de Janeiro, o cenário também é crítico, com tornados previstos principalmente na região centro-sul do estado. A capital do Rio de Janeiro pode registrar até 30 mm de chuva em um único dia, agravando a saturação do solo, que já acumulou mais de 200 mm em diversas cidades ao longo do mês. A instabilidade não se limita ao Sudeste. No Nordeste, a Área de Convergência Intertropical tem o litoral norte em forte queda, com previsão de chuvas significativas para cidades como São Luís e Fortaleza. Por outro lado,Várias outras cidades do Nordeste, como Maceió e João Pessoa, devem enfrentar calor intenso e clima estável. A comparação entre as regiões reflete a complexidade dos padrões climáticos durante esse período de transição entre o verão e o outono. São Paulo corre o risco de quebrar recordes históricos.
A capital de São Paulo vive um momento de atenção redobrada. As fortes chuvas previstas para sexta-feira, 25 de abril, são impulsionadas por um sistema de baixa pressão que se formou na costa e está ganhando força com a umidade proveniente do interior do continente. Desde 22 de abril, o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) já registrou 169 mm de chuva no Mirante de Santana, na zona norte da cidade. Esse valor está a apenas 36 mm do recorde histórico para abril, registrado em 1976, quando a cidade registrou 204,9 mm. Se as previsões se confirmarem, abril de 2025 pode ficar na história como o mais chuvoso em mais de seis décadas. Além da quantidade considerável, a intensidade das chuvas é preocupante. As pancadas de chuva devem ocorrer em períodos alternados, aumentando o risco de alagamentos em regiões como Vila Madalena, Butantã e Santo Amaro, que historicamente registram alagamentos. Ventos, com rajadas que podem chegar a 60 km/h, também são um fator de risco, principalmente em áreas arborizadas. A Defesa Civil municipal orienta que a população procure locais seguros, como morros e praias, e fique atenta aos alertas em tempo real. Principais impactos previstos em São Paulo: Alagamentos em áreas baixas da cidade. Risco de queda de árvores e interrupção no fornecimento de energia. Interrupções no trânsito, principalmente em vias como o Baixo Tietê e Pinheiros. Possibilidade de deslizamentos em áreas de encostas na Grande São Paulo.Rio de Janeiro enfrenta solo saturado
No Rio de Janeiro, a situação é igualmente frágil. A sexta-feira, 25 de abril, será marcada por temporais na região centro-sul do estado, incluindo a capital e cidades como Niterói, São Gonçalo e Petrópolis. A projeção indica acúmulos de até 30 mm em poucas horas, com rajadas de vento que podem chegar a 70 km/h em locais da zona norte do Rio de Janeiro. A combinação de chuvas fortes e solo saturado eleva o risco de deslizamentos, principalmente em regiões montanhosas, onde o acúmulo em abril já ultrapassou 250 mm em cidades como Nova Friburgo e Teresópolis. O mês de abril tem sido excepcionalmente tempestuoso no estado. Em Duque de Caxias, o acúmulo chegou a 280 mm até o dia 22, enquanto Macaé registrou 259 mm. Na capital, a chuva constante deixou o solo saturado, o que aumenta o risco de alagamentos em locais como a Baixada Fluminense e a zona oeste. A Prefeitura do Rio de Janeiro mantém equipes de prontidão para atender a situações de emergência, e o Centro de Procedimentos recomenda que motoristas evitem deslocamentos desnecessários durante períodos de chuvas mais intensas. Calendário de chuvas no Sudeste O padrão de instabilidade no Sudeste segue uma trajetória clara para o fim de semana. Abaixo, um resumo do que esperar em São Paulo e no Rio de Janeiro: Sexta-feira, 25 de abril: Chuvas fortes e contínuas, com grandes acúmulos (70-90 mm em SP; 30 mm no RJ). Risco de alagamentos e ventos fortes. Sábado, 26 de abril: Diminuição da intensidade, mas pancadas de chuva isoladas persistem (8 mm no RJ; 20-30 mm em SP). Céu nublado com períodos de sol. Domingo, 27 de abril: Pancadas de chuva leves e passageiras (3 mm no Rio Grande do Sul; 5-10 mm em São Paulo). Períodos de tempo estável em algumas áreas.Este cronograma reflete a diminuição gradual da influência do sistema de baixa pressão, que deve esvaziar para o mar durante o fim de semana. Mesmo assim, a população deve permanecer alerta, especialmente em áreas de risco. Impactos nas áreas metropolitanas As fortes chuvas previstas para São Paulo e Rio de Janeiro representam desafios consideráveis para as infraestruturas urbanas. Em São Paulo, o sistema de drenagem da capital, apesar de ter recebido investimentos recentemente, ainda enfrenta dificuldades para lidar com altos volumes em períodos de chuvas torrenciais. Áreas como Itaquera, na zona leste, e Campo Limpo, na zona sul, estão entre as mais impactadas por alagamentos recorrentes. A Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo (Sabesp) monitora os níveis dos rios Tietê e Pinheiros, que podem transbordar em caso de chuvas prolongadas. No Rio de Janeiro, a topografia acidentada da cidade amplifica os riscos. Áreas como Rocinha, Vidigal e outros bairros situados em encostas são vulneráveis a deslizamentos. A Geo-Rio, estrutura responsável por evitar catástrofes geológicas, intensificou a vigilância em mais de 100 pontos cruciais. Além disso, o trânsito na cidade, que atualmente enfrenta congestionamentos em dias normais, pode ser severamente impactado, principalmente em vias como a Avenida Brasil e a Linha Vermelha. A flexibilidade urbana também sofre com as chuvas. Em São Paulo, a Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) e o Metrô operam com estratégias de apoio para reduzir os congestionamentos.
No Rio, a Supervia, responsável pelos trens urbanos, já relatou distúrbios em linhas como a Japeri em dias de chuva forte neste mês.A sugestão é que a população planeje viajar com antecedência e utilize aplicativos de transporte para evitar locais alagados. Tempestades e Chuvas — Foto: Bilanol/Shutterstock.comNordeste embriagado da Área de Convergência Enquanto o Sudeste enfrenta tempestades, o Nordeste apresenta um cenário climático variado. A Zona de Convergência Intertropical (ZCIT), que atua como uma passagem de umidade, mantém o litoral norte da região em alerta para chuvas intensas. Em São Luís, no Maranhão, os acumulados entre sexta-feira e domingo podem chegar a 30 mm, com temperaturas moderadas variando de 24 °C a 30 °C. Fortaleza, no Ceará, também enfrenta pancadas de chuva isoladas, com previsão de até 15 mm para o fim de semana. Já cidades como Recife, Maceió e João Pessoa devem ter tempo estável e calor intenso, com temperaturas máximas acima de 32 °C. A falta de chuva nessas áreas é consequência do enfraquecimento da ZCIT em latitudes mais ao sul. Esse contraste reforça a complexidade dos padrões climáticos em abril, um mês de transição que integra características do verão e do outono. Previsão para cidades do Nordeste: São Luís: Chuva moderada a forte, com 30 mm de precipitação acumulada. Fortaleza: Pancadas de chuva isoladas, com 15 mm no fim de semana. Recife: Tempo claro, com calor intenso e máxima de 33 °C. Maceió e João Pessoa: Predominantemente ensolarado, com temperaturas elevadas. Prevenção e precaução: A intensidade das chuvas previstas para o Sudeste exige ações preventivas por parte das autoridades e da população. Em São Paulo, a Defesa Civil do estado mantém um sistema de alerta por SMS, que oferece informações em tempo real sobre o perigo de alagamentos e deslizamentos. Moradores em áreas de risco,Em áreas próximas a morros e margens de rios, recomenda-se atenção redobrada a sinais como rachaduras no solo ou árvores inclinadas. A limpeza de bueiros, que foi intensificada nas últimas semanas, visa reduzir o impacto da chuva em áreas urbanas. No Rio de Janeiro, o sistema de sirenes instalado em comunidades vulneráveis, como as da região montanhosa, serve para alertar sobre riscos iminentes. A prefeitura também está fornecendo abrigos temporários para famílias desabrigadas. Recomenda-se que motoristas procurem locais seguros, como calçadas e estradas próximas a rios, durante períodos de chuvas mais intensas. Aplicativos como o Alerta Rio oferecem atualizações em tempo real sobre as condições climáticas. A preparação para eventos climáticos extremos também inclui cuidados individuais. A população deve evitar o descarte irregular de lixo, que contribui para o entupimento de bueiros, e manter registros e objetos de valor em áreas elevadas. Em caso de alagamentos, é importante evitar o contato com a água, que pode estar contaminada ou esconder buracos e obstáculos. A previsão para o fim de semana de sábado, 26 de abril, marca uma mudança no Sudeste. Em São Paulo, as chuvas certamente perderão força, mas ainda são esperadas pancadas de chuva isoladas, com acumulações entre 20 mm e 30 mm. A previsão é de céu nublado, com breves períodos de calor ao meio-dia. No Rio de Janeiro, o acúmulo esperado é de cerca de 8 mm, com problemas semelhantes. A diminuição da intensidade das chuvas pode auxiliar na retomada das atividades externas, mas os cuidados ainda são essenciais, principalmente nas áreas afetadas pelos alagamentos de sexta-feira. No domingo, 27 de abril, a tendência é de maior estabilidade. Em São Paulo, chuvas fracas, com acúmulos de 5 a 10 mm, devem se concentrar no início do dia.dando espaço para períodos de sol à tarde. No Rio, a projeção é de pancadas de chuva passageiras, com cerca de 3 mm, e temperaturas mais altas, chegando a 30 °C. Essas condições favorecem a recuperação das áreas impactadas, mas a Defesa Civil orienta que a população continue atenta a possíveis mudanças no clima. A irregularidade climática observada neste fim de semana demonstra o impacto de sistemas climáticos complexos, como a baixa pressão no litoral e a umidade proveniente do interior. Esses fatores, somados à saturação do solo, produzem uma situação de risco que exige atenção contínua. A Climatempo prevê que o início de maio trará maior estabilidade ao Sudeste, mas novos sistemas de chuva podem se formar nas semanas seguintes. Atenção climática: Os eventos climáticos extremos observados em abril de 2025 são resultado de uma combinação de fatores climáticos. Abaixo estão alguns dos principais fatores que contribuem para a situação atual: Pressão reduzida no litoral: Sistemas de pressão reduzida amplificam a formação de nuvens densas no Sudeste. Umidade no interior: Ventos do norte carregam ar úmido, sustentando tempestades. Zona de Convergência Intertropical: No Nordeste, os gatilhos da ZCIT umedecem o litoral norte. Solo saturado: Altos acúmulos em abril aumentam o risco de deslizamentos de terra e inundações. Esses fatores reforçam a importância dos sistemas de rastreamento e prevenção, que foram aprimorados em cidades como São Paulo e Rio de Janeiro. A tecnologia, incluindo satélites e modelos atmosféricos, permite projeções mais precisas, mas a resposta aos eventos climáticos também depende da preparação da população e das autoridades.