
Um homem morreu nesta terça-feira, dia 6, após ficar preso entre o trem e a porta da plataforma do Terminal Campo Limpo, na Linha 5-Lilás do metrô. Segundo a ViaMobilidade, concessionária responsável pela linha, o alvo não ouviu os alarmes sonoros e visuais que indicavam o fechamento das portas. A Polícia Civil informou que os técnicos vão apurar se esses alertas realmente aconteceram e se não foram ouvidos pelo passageiro, já que as imagens das câmeras de segurança não possuem áudio. A Agência Estadual de Transportes de São Paulo (Artesp) também abriu um processo de apuração do caso. Segundo a agência, caso seja constatada falha na operação, serão aplicadas as penalidades previstas no contrato de concessão. Segundo a concessionária, os sensores da Linha 5-Lilás estão localizados nas portas do trem e do sistema, e não no vão entre as portas. “Em caso de preocupação, mesmo após os alarmes visuais e sonoros, ao tentar entrar no vagão, o passageiro acabou ficando no vão entre o trem e o sistema, onde não há sensores. Como tanto a porta do sistema quanto a do vagão estavam fechadas, o trem partiu”, informou a empresa. A concessionária alega que o passageiro tentou entrar no trem
também após um aviso sonoro para não passar pela porta do sistema. Foto: Tiago Queiroz/Estadão Segundo o boletim de ocorrência registrado, ao constatar o acidente, os agentes “se deslocaram rapidamente até o local, onde avistaram o alvo, posteriormente identificado como Lourivaldo Ferreira Silva Nepomuceno, com o corpo paralelo e ao lado da linha férrea, de bruços”. “Seguindo os procedimentos de atendimento,O representante auxiliou na realocação dos consumidores, momento em que outros agentes da equipe acessaram a via para examinar os sinais vitais da vítima”, continua a publicação. Ao ser socorrido, a vítima apresentava um ferimento na região do crânio e já não apresentava sinais vitais. A equipe então removeu o corpo da vítima, removendo os trilhos. Leia também ViaMobilidade anuncia instalação de sensores no vão A ViaMobilidade, que opera a Linha 5-Lilás, anunciou, após o acidente, que além do fechamento dos sensores que já existem e impedem a partida de um trem caso alguma porta esteja aberta, a concessionária está realizando um trabalho para instalar sensores de presença adicionais no vão. Na Linha 5-Lilás, o cronograma prevê a instalação dos sensores adicionais no vão no primeiro trimestre de 2026. Vale lembrar que essa tecnologia é bastante recente e seu uso no mundo ainda é uma exceção, sendo a concessionária uma das líderes na adoção desse tipo de solução. Sua instalação envolve uma série de preocupações técnicas e testes, razão pela qual sua aplicação não é instantânea”, especificou a empresa. A concessionária também afirma que, desde a adoção das portas de plataforma pelo sistema ferroviário de São Paulo, sempre auxiliou seus clientes no uso seguro desses dispositivos por meio de placas, avisos sonoros e luminosos, displays e projetos de reconhecimento nas estações, nos trens e em seus canais de comunicação. A única linha de metrô que atualmente possui estações com esses sensores de visibilidade no espaço é a Linha 3-Vermelha, que não é operada por uma concessionária, mas pelo próprio metrô. Entre as estações da linha que possuem a porta do sistema,Muitas também já tiveram o sensor instalado em conjunto — as exceções são as estações Palmeiras– Barra Funda, Corinthians– Itaquera e Vila Matilde, que, mesmo com porta de sistema, ainda não há sensores no vão. Publicidade Nas estações da Linha Vermelha, onde as portas de plataforma ainda não foram instaladas, também serão instalados sensores adicionais, afirma Luis Kolle, projetista da Prefeitura de São Paulo e presidente da Associação de Engenheiros e Arquitetos do Metrô. Nas estações com portas de plataforma em outras linhas, ainda não há sensores de presença no vão.