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Durante a manhã, um grupo bloqueou um trecho da Avenida Morumbi. À tarde, houve uma manifestação em frente à Reitoria da faculdade. A instituição afirma ter equipes de trabalho em andamento para discutir políticas para a população trans e não binária.

Em SP, estagiários da USP se opõem a cotas

Estagiários da Universidade de São Paulo (USP) realizaram uma manifestação nesta quinta-feira (8) pela promoção de cotas para pessoas trans, implementação de vestibular para indígenas, melhorias nas instalações escolares e garantia de melhores condições para a permanência de alunos de baixa renda na escola.

Segundo a Polícia Militar, por volta das 8h, a manifestação bloqueou um trecho da Avenida Morumbi, na Zona Sul, próximo ao Palácio dos Bandeirantes — sede do governo federal. À tarde, o grupo se reuniu em frente à Reitoria da universidade.

O ato foi marcado para a mesma data de uma reunião da Pró-Reitoria de Incorporação e Integração. De acordo com as atividades dos estagiários, uma carta enviada anteriormente ao PRIP solicitava que a questão das cotas trans fosse incluída no programa desta reunião. Os estagiários acreditam que a faculdade está avançando “lentamente” no debate sobre o acesso de pessoas trans ao ensino superior. O mesmo se afirma em relação à inclusão efetiva da população indígena. Há também problemas de acessibilidade nas dependências da USP. No caso da Escola de Artes, Ciências e Humanidades (EACH/USP), as críticas são direcionadas às condições de permanência dos estagiários no campus Leste, onde não há um complexo imobiliário para atender alunos de baixa renda, apenas bolsas de estudo – que, segundo os estagiários, são limitadas e não atendem à crescente demanda.

Questionada pela TV Globo, a USP informou que possui um grupo em funcionamento sobre planos para pessoas trans e não binárias, cujo objetivo é realizar estudos para desenvolver propostas voltadas à inclusão, pertencimento e saúde dessas pessoas na instituição. O último registro dessa equipe deve ser feito no 2º semestre deste ano.

Em relação à inclusão de indígenas, a instituição afirmou que as cotas destinadas a essa parcela da população já estão incluídas nos editais de ingresso da USP, na faixa “pretos, pardos e indígenas”, desde 2018.

Em relação à questão da retenção de alunos, a universidade informou que oferece mais de 15 mil bolsas de estudo e auxílios, em todas as suas universidades.

“Os alunos contemplados pelo Programa de Permanência e Formação de Alunos têm direito a refeições nos Restaurantes Universitários, um local em imóveis estudantis e auxílio financeiro parcial no valor de R$ 320,00 ou refeições de cortesia e auxílio financeiro integral no valor de R$ 850,00”, informou a universidade.

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