Na cidade de São Paulo, 23,06% do total de casos de dengue em 2025 ocorreram entre 9 e 23 de abril, segundo os boletins epidemiológicos da Secretaria Municipal de Saúde. De janeiro a 23 de abril de 2025, foram registradas 34.674 infecções. Até o dia 16, ou seja, a semana anterior, esse número era de 31.493. O número total de novos casos da doença, considerando o período entre janeiro e 9 de abril, chegou a 26.677. Os dados são provisórios. Somente no período analisado recentemente, de 16 a 23 de abril, foram registrados 3.181 novos casos da doença. Em 2024, de janeiro a 10 de abril, a cidade registrou 145.926 casos de dengue — até 17 de abril, o total foi de 181.020 infecções e, na semana seguinte (24), chegou a 220.029. A diferença de um dia entre os dois anos se deve às semanas epidemiológicas. Vale destacar que 2024 foi o ano mais hostil para a dengue, pelo menos desde 2015, quando o município de São Paulo fechou com 103.186 casos e 25 óbitos. Em 2015, de janeiro a dezembro, foram confirmados 627.965 casos e 526 óbitos por dengue. Os municípios de Jardim Ângela (860,2) e Capão Redondo (655,2), na zona sul; Rio Pequeno (600), na zona oeste; Perus (587,6), Freguesia do Ó (506) e Brasilândia (551,9), na zona norte, apresentam as maiores taxas de incidência da doença no município. No total, 26 municípios estão em epidemia. A taxa de incidência demonstra o risco de adoecimento dos moradores e a probabilidade de novos casos. Acima de 300, indica que o município

permanece em epidemia. Em número de casos, Jardim Ângela lidera com 3.004. Em seguida, vêm Capão Redondo (1.986), Grajaú (1.595) e Brasilândia (1.584). Em nota,A Secretaria Municipal de Saúde

afirma que monitora o cenário epidemiológico da dengue na capital e realiza ações diárias de prevenção e combate à doença.

Nos dias 26 e 27 de abril, foram realizadas ações intensificadas em todas as regiões do município, com foco nos distritos administrativos com maior incidência da doença. Segundo o ministério, mais de 28 mil domicílios foram vistoriados em ações de bloqueio de criadouros, e mais de 1.100 quarteirões passaram por nebulização. Cuide de você mesmo Pesquisa científica, práticas e prevenção em um boletim informativo para sua saúde e bem-estar Carregando… De 18 a 21 de abril, mais de 48 mil imóveis residenciais ou comerciais foram alvo de obras para obstruir criadouros, e 2.884 quarteirões realizaram nebulização em todas as regiões da capital. Em 2025, mais de 4,2 milhões de ações já foram realizadas, entre elas vistorias por meio de bloqueios de criadouros, nebulização, aplicação de larvicidas em pontos estratégicos e com drones em locais de difícil acesso, além de campanhas educativas para conscientização da população. Capital registra nove mortes por febre da dengue De janeiro a 23 de abril, a cidade de São Paulo registrou nove mortes por febre da dengue. Os dois óbitos confirmados no dia 28 de abril, após levantamento epidemiológico feito pelo Instituto Adolfo Lutz, são de um homem de 86 anos, proprietário de imóvel na região da Vila Guilherme, na zona norte, e de um homem de 31 anos, morador da região de São Mateus, na zona leste. No Jardim Ângela, foram 4 vítimas fatais: uma criança de 12 anos, não vacinada, duas mulheres, de 34 e 71 anos, e um homem de 74 anos.Um homem de 24 anos, da Brasilândia (zona norte), e um homem de 69 anos, da Mooca (zona leste), também morreram de dengue. A primeira vítima fatal na capital, em 30 de janeiro de 2025, foi uma menina de 11 anos, da região de Ermelino Matarazzo (zona leste). Não havia registro, pelo menos até 31 de dezembro, de que a criança tivesse sido imunizada na rede pública de saúde. Dos mortos, 8 apresentavam alguma comorbidade. Segundo a Secretaria Municipal de Saúde, a dengue tem um padrão sazonal, com maior ocorrência de casos entre os meses de outubro e maio. Sua ocorrência está associada a inúmeras variáveis ​​determinantes, como condições climáticas, aspectos demográficos e socioculturais, que favorecem tanto a proliferação do inseto Aedes aegypti — transmissor da dengue, zika e chikungunya — quanto a circulação sanguínea do vírus. De 2015 a 2023, Marsilac e Parelheiros, na Zona Sul da cidade de São Paulo, não apresentaram alta incidência de dengue e não atingiram nível epidêmico. Em 2024, a intensidade do quadro mudou o quadro epidemiológico desses distritos. Em 2025, apesar da redução dos números em relação a 2014, ambas as regiões permanecem em epidemia. Marsilac tem incidência de 339,7 por 100.000 habitantes. Em Parelheiros, o coeficiente chegou a 325,2. Para Gonzalo Vecina Neto, consultor da SBPPC (Sociedade Brasileira de Especialistas em Pesquisa Clínica) e professor do Instituto de Saúde Pública e Bem-Estar da USP, a explicação está na adaptação climática. “Não vejo outra razão para o aumento do número de casos na zona sul de São Paulo, que é mais fria. A mudança climática aumenta a capacidade reprodutiva e a agilidade do mosquito. Ele ataca mais pessoas,”Usando muito menos energia devido ao calor. Se houvesse uma explosão e fosse um local onde houvesse menos, certamente valeria a pena a cidade realizar um projeto específico ali, além dos vários outros procedimentos que estamos tomando”, afirma. “O Brasil tinha, em média, um milhão e meio de casos de dengue por ano. Em 2015, foram 6 milhões. Como passou de um milhão e meio para seis milhões? Temperatura”, acrescenta.

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