O Distrito Federal tem um romance especial com o Novo Basquete Brasil (NBB), principal competidor do esporte queridinho da quadra. Como todo evento de amor, o entusiasmo teve altos e baixos, com o início avassalador marcado pelo tricampeão entre 2010 e 2012, seguido por períodos de vacas magras. Depois de anos amargos longe dos playoffs, acumulando projetos como último time do campeonato, o amor retornou e a cidade está mais uma vez entre os destaques da fase laranja. Responsável por encerrar o período de impasse, o Brasília Basquete entra em quadra nesta quinta-feira (24/4), às 20h, contra o São Paulo, no Morumbi, pelo jogo de estreia das oitavas de final do campeonato. O Basquetepass e a DPC TV, no YouTube, farão a transmissão. Seis anos se passaram desde que o time brasiliense chegou pela última vez aos playoffs. Em 6 de abril de 2019, o time comandado por Zach Graham, Graterol e Arthur perdeu para o Corinthians, fora de casa, na prorrogação, e foi eliminado. A redenção veio na atual temporada. Com 19 vitórias e 15 derrotas, o time do técnico Dedé Barbosa fez sua melhor campanha desde 2016/17 e terminou em 4º lugar no NBB. A volta à briga pelo título volta a acontecer em solo paulista e o time conta com alguns jogadores de retorno que estiveram na partida contra o Alvinegro em 2019. Além de Daniel Von Haydin e Gui Santos, o brasiliense Pedro Mendonça é outro que entrou em quadra naquela ocasião, mas ele tem uma relação ainda mais especial com o basquete brasiliense e conviveu com quase todas as fases atuais do esporte na cidade, desde o sucesso dos últimos anos até a atual recuperação.

“Naquela época, em 2010, eu ainda era um jovem,Eu certamente iria à academia e chegaria cedo para ver o pessoal esquentando, Alex, Nezinho, Giovannoni. Vivi aquela época do auge do basquete em Brasília como torcedor. Depois, pude participar como jogador. Sei que essa volta aos playoffs é especial para a cidade, principalmente por tudo o que vivi e vivi aqui. Brasília precisa de um jogo para aceitar. O time precisava colocar a casa em ordem e voltar aos trilhos, porque a cidade tem tudo para brilhar e vai aproveitar os benefícios dessa conquista”, disse ao Correio. O ponta de 30 anos jogou por Caxias e Bauru antes de retornar à pequena praça na atual temporada. Ele deixou os gramados durante a temporada 2019/20, interrompida pela pandemia, e, apesar de surpreso com as decisões que o time tomou após a despedida, não esconde as diferenças entre a situação antiga e a atual. “Não imaginava que o Brasília cairia tanto. Muitos pontos aconteceram, houve alguns problemas externos e o time realmente não teve o mesmo desempenho em quadra, então eles seguiram esse caminho infeliz. Atualmente, o cenário é diferente, comparado a 6 anos atrás, com times completamente diferentes, inclusive na forma de pensar. No meu caso, eu ainda estava no início da minha carreira, hoje estou no time mais experiente. Nosso time tem uma chance real de lutar por títulos e crescer ainda mais”, compartilhou. O período favorável do Brasília, no entanto, terminou de forma diferente do esperado. Foram 5 derrotas consecutivas para encerrar a temporada regular, incluindo um empate contra o São Paulo no último jogo. No entanto,Um dos especialistas da equipe reforça que os jogadores resolveram transformar a chave para a fase eliminatória.

“É dizer, mas a realidade é que nos playoffs não importa se você está em primeiro ou último lugar. É tudo 0 x 0, há novas chances para ambos os lados. Naturalmente, não queríamos que isso levasse ao fim, mas sabemos o que precisamos melhorar. Estamos unidos, fechados e viramos o jogo. Vamos tirar os pontos negativos, assim como os positivos, porque agora é mais um torneio e tudo pode acontecer”, disse Pedro. Por outro lado, o São Paulo chega às oitavas de final com uma campanha pequena, de 13 vitórias e 21 derrotas, o suficiente para garantir apenas a 13ª colocação no NBB. O jogador, no entanto, tem bastante experiência. Os destaques ficam por conta dos craques Ricardo Fischer, Corderro Bennett e o ex-NBA Vitor Faverani, além de nomes consagrados como André Góes, Tyrone e Malcolm Miller. “É um time experiente, com jogadores que já foram campeões diversas vezes e que passaram por esses momentos. Eles vão tentar travar o jogo, controlar o ritmo para não correr tanto, o que eles sabem que é uma qualidade nossa. Eles vão tentar atacar esses pontos fracos e usar a experiência a seu favor, mas estamos preparados e sabemos que precisamos pressionar e evoluir para que as coisas aconteçam para nós”, analisou o atacante brasiliense. “Mas os jogos de basquete, principalmente os playoffs, são decididos por quem consegue estar mais concentrado por 40 minutos. No fim das contas, quem vencer três jogos primeiro vence; não é um jogo ou uma jogada que vai decidir.Cada pessoa está analisando e agora a questão é quem executará o plano da melhor forma possível. Do nosso lado, todos colocaram o coração na boca e sabem o que precisam oferecer; ninguém precisa ter a pretensão de ser um herói e seguir sozinho. É um esporte coletivo e, se entregarmos o que fizemos na temporada regular, temos uma grande chance de sair vitoriosos”, acrescentou. A partida de estreia será fora da Zona Sul, em decorrência da mudança no formato dos playoffs. Diferentemente dos anos anteriores, as oitavas de final serão em melhor de cinco jogos, assim como as demais fases. Além disso, o clube com melhor retrospecto jogará a primeira partida como visitante e, em seguida, duas partidas em casa. Se necessário, a quarta partida será disputada novamente fora de casa e, por fim, a decisão será tomada como mandante. Portanto, o time brasiliense enfrentará sua torcida apenas na segunda e terceira partidas da série melhor de cinco. Em quadra, o acordo entre os atletas é claro: maximizar o benefício do jogo em casa e recuperar a posição da cidade como uma das capitais do basquete. “A torcida brasiliense nos acompanhou durante toda a temporada, contou conosco e existiu, então é importante jogar com eles. Nossa média de público está entre as mais altas.” no NBB. O som que eles produzem é uma grande notícia e é vital para nós. Conseguimos esse benefício em casa graças aos nossos seguidores, que nos apoiaram constantemente. Não espero nada menos do que isso agora, pois certamente retribuiremos o apoio deles”, concluiu Pedro. * Estagiário sob a supervisão de Marcos Paulo Lima Saiba Mais AR Arthur Ribeiro * Estagiário Estudante de Jornalismo com experiência nas redações da Agência CEUB,Jornal de Brasília e TV Câmara. Escreve para a seção de Esportes do Correio. Apaixonado por futebol e esportes americanos, ele está realizando o sonho de poder fazer o que gosta.