Com um nome curioso, a Bienal do Lixo já tem data marcada na capital: entre 21 e 25 de maio, no Parque Suíte Lobos. Com uma programação cultural focada em sustentabilidade e novas formas de pensar o uso, o evento deve contar com apresentações de arte, workshops, exibições de filmes, uma programação de moda sustentável e mesas de debate. Esta é a segunda edição do evento gratuito, que deve acontecer em breve em Salvador, em junho. Segundo os coordenadores, a circulação começará em breve pelo Sympla. O projeto conta com o apoio do Programa Federal de Incentivo à Sociedade, do Ministério da Cultura. A fala da diretora executiva da Bienal do Lixo, Rita Reis, é de que esta edição ampliará seu público. “A primeira edição, em 2022, foi um sucesso estrondoso, pois tivemos cerca de 15 mil visitantes e acreditamos que tivemos um impacto muito positivo em todo o público, promovendo diversas representações sobre o tema da sustentabilidade. A expectativa para este ano é chegar a 20 mil visitantes somente em São Paulo”, afirma. PROGRAMAÇÃO O espaço contará com uma exposição com trabalhos de 10 artistas que trabalham com resíduos, transformando materiais descartados, como papelão, eletrônicos, plásticos e outros, em arte. “Acreditamos que a arte tem o poder de provocar mudanças de comportamento e inspirar uma visão mais responsável sobre as questões ambientais”, afirma Mário Farias, um dos idealizadores e diretor da Bienal do Resíduo 2025. Além disso, o evento contará com um espaço dedicado a ativações de fãs e inscritos, todos muito ligados à questão da sustentabilidade. Entre as novidades desta edição, que prometem atrair ainda mais atenção para o tema,é a Casa Sustentável, um amplo espaço interativo, que certamente mostrará como técnicas ecológicas fáceis e eficazes podem ser incorporadas por todos os cidadãos em suas vidas. Outro destaque será o Salão de Moda Consciente, que trará reflexões sobre o impacto ecológico do mercado têxtil. Além disso, foi confirmada a participação da ONG Sea Sole, do Quênia, que contará com duas obras geradas com chinelos reciclados, extraídos de praias e oceanos. “A Bienal do Lixo sempre buscou trazer trabalhos de vanguarda que demonstrem como o lixo pode ser transformado em arte e oportunidades. Trazer a Sea Sole para o Brasil fortalece essa missão e inspira novas possibilidades de impacto positivo”, afirma Rita Reis. E o público poderá “colocar a mão na massa” em oficinas criativas com atividades práticas que inspiram a adoção de um cotidiano mais ecológico. Haverá também uma Mini Usina de Mudanças, que receberá coleções de tampinhas de garrafas plásticas. O material será amassado, descongelado e moldado, ganhando assim uma nova utilidade, como chaveiros e porta-copos, entre outros. A programação da Bienal do Lixo de 2025 contará novamente com Painéis de Discussão nos dias 21 e 22 de maio, com conversas e debates com convidados que discutirão temas relevantes. De 23 a 25 de maio, haverá um Festival de Cinema, que exibirá produções como curtas e médias metragens, docudramas e videoclipes sobre arte, meio ambiente e sustentabilidade.