Uma câmera de segurança no prédio registrou o momento em que a mulher sai do apartamento coberta de sangue. João então aparece, oferecendo a ela um pedaço de pano para limpar o sangue, mas ela se recusa. Em seguida, o advogado é

capturado à força pressionando o pano contra o queixo da mulher. Um rastro de sangue permanece no chão. Outra pessoa aparece na gravação, mas não há informações sobre quem era. Segundo a polícia, João foi preso próximo ao posto de saúde onde a vítima estava recebendo tratamento. Ele foi levado à Delegacia de Polícia e autuado pelo crime de lesão corporal previsto na Lei Maria da Penha. “Diante das verdades e provas apresentadas, a Polícia Civil realizou todo o procedimento e elaborou o Boletim de Ocorrência. A Delegada Ana Luiza, coordenadora da Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher, determinou a instauração de um inquérito policial para apurar todas as verdades ocorridas neste caso de violência contra a mulher”, afirmou a polícia em nota. A delegada explicou que a vítima alegou que eles mantinham uma união estável há dois anos e que já havia sido agredida outras vezes, mas nunca havia registrado queixa contra João. Ela informou às autoridades que já havia requerido atendimento médico após várias das agressões sofridas e que João já havia cometido atos de violência com arma de fogo. Negação da agressão Em nota à imprensa, a defesa de João Neto afirmou que “as verdades reveladas não refletem a realidade do ocorrido”.