
Por serem uma espécie comum do extremo sul do Brasil, as tartarugas-tigres-d’água foram soltas no Guaíba, seu habitat natural. 1 de 5 Tartaruga-tigre repatriada de São Paulo para o Rio Grande do Sul– Foto: Divulgação/Cetras-SP
Tartaruga-tigre repatriada de São Paulo para o Rio Grande do Sul– Foto: Divulgação/Cetras-SP
Um grupo de 58 tartarugas resgatadas do tráfico de animais em São Paulo foi levado para o Rio Grande do Sul por serem uma espécie comum do extremo sul do Brasil. Os animais foram soltos no Guaíba, seu habitat natural.
A repatriação das tartarugas-tigres-d’água (Trachemys dorbigni) foi realizada na terça-feira (6) pelo Centro de Triagem e Reabilitação de Animais Silvestres de São Paulo (Cetras-SP), da Secretaria Estadual do Meio Ambiente de São Paulo.
Tartarugas-tigres, como são comumente conhecidas, são a segunda espécie de réptil mais comumente recebida no Cetras-SP, frequentemente vítimas do tráfico ilegal de animais silvestres.
Os animais foram transferidos com o auxílio da Polícia Rodoviária Federal e recolhidos pela Divisão de Animais Silvestres da Delegacia de Polícia do Rio Grande do Sul.
2 de 5 Tartarugas-tigres repatriadas de São Paulo para o Rio Grande do Sul — Foto: Reprodução/Cetras-SP
Tartarugas-tigres repatriadas de São Paulo para o Rio Grande do Sul — Imagem: Reprodução/Cetras-SP
A maioria foi entregue voluntariamente por pessoas que as obtiveram ilegalmente.
Esses animais chegam ao estabelecimento porque foram comprados ainda filhotes, geralmente do tamanho de uma moeda. As pessoas não sabem que eles crescem, precisam de certos cuidados e podem viver por décadas. Quando se tornam adultos, muitos acabam sendo abandonados ou entregues voluntariamente. — Lilian Sayuri Fitorra,chefe de divisão do Cetras-SP
O procedimento faz parte de uma rede conjunta entre empresas ambientais para preservar o equilíbrio das comunidades ecológicas em sua região de origem.
Quando solto em parques urbanos fora de seu habitat, o tigre d’água entra em conflito com espécies nativas e pode criar discrepâncias ambientais, sem contar que o lançamento irregular é uma atividade criminosa ambiental.
3 de 5 Tartaruga-tigre repatriada de São Paulo para o Rio Grande do Sul — Imagem: Reprodução/Cetras-SP
Tartaruga-tigre repatriada de São Paulo para o Rio Grande do Sul — Foto: Reprodução/Cetras-SP
Tráfico de animais proibido
Segundo informações do Cetras-SP, dos 8.683 animais de estimação recebidos pelo centro em 2024, 4.197 foram alvo de tráfico, uma média de 12 por dia.
Dos resgatados em 2024, mais de 74% já retornaram à natureza. Os demais, com sequelas irreversíveis, foram encaminhados para instituições de apoio.
4 de 5 Tartarugas-tigres repatriadas de São Paulo para o Rio Grande do Sul– Imagem: Reprodução/Cetras-SP
Tartarugas-tigres repatriadas de São Paulo para o Rio Grande do Sul– Foto: Reprodução/Cetras-SP
Criado em 1986 e situado no Parque Ecológico do Tietê, na zona leste da foz, o Cetras-SP é uma das principais estruturas do país dedicada à recuperação e reabilitação de animais silvestres vítimas de tráfico, acidentes ou maus-tratos.
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Tartaruga-tigres repatriada de São Paulo para o Rio Grande do Sul– Imagem: Reprodução/Cetras-SP
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