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Prefeitura de São Paulo realiza ações de proteção e mobilidade

BY Site Noticias

Durante evento em Xangai, Ricardo Nunes também destacou iniciativas de sustentabilidade e destacou exemplos de leis públicas com participação global Ricardo Nunes durante sua participação no painel que abordou a relevância da tecnologia para as cidades do futuro — Foto: Heka Producciones/Valor

Tecnologia e planejamento urbano na solução de segurança e qualidade de vida nas grandes cidades foi o tema central da atuação do prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes, no primeiro painel do Valor Econômico Cúpula Brasil-China 2025, realizado em 24 de abril, em Xangai. Durante o evento, que discutiu o trabalho em equipe em áreas como segurança, mobilidade, meio ambiente e desenvolvimento, Nunes destacou a experiência chinesa como uma recomendação concreta para São Paulo.

Em conversa com um público formado por brasileiros e chineses, o prefeito destacou o programa Smart Sampa como um exemplo de lei pública que já mostra resultados. Seis meses em andamento, o programa utiliza reconhecimento facial e 25 mil câmeras inteligentes para rastreamento urbano. Segundo Nunes, mais de mil foragidos já foram detidos e pessoas desaparecidas foram localizadas com o sistema. Pesquisas indicam um índice de aprovação de 91% entre os moradores da cidade. “Aplicamos o Smart Sampa para colocar a tecnologia a serviço da população”, afirmou.

Campanhas para cadeirantes

Durante sua visita à cidade chinesa, Nunes também destacou a ligação entre São Paulo e Xangai, cidades-irmãs desde 1988, e afirmou que a relação vai além desse significado. As duas metrópoles compartilham desafios como crescimento acelerado, transporte público sobrecarregado e pressão por soluções ambientais.

Na área de cadeiras de rodas, o prefeito apresentou as ações em andamento para descarbonizar o sistema de transporte público da cidade. A troca da frota de ônibus a diesel por modelos elétricos, com tecnologia e financiamento chineses, foi destacada como uma preocupação. “Muitas cidades falam em descarbonização, mas poucas a fazem. Cada ônibus elétrico representa o equivalente a 6.400 árvores em impacto ambiental”, destacou.

Para viabilizar essa mudança, Nunes anunciou um limite de crédito de US$ 100 milhões junto ao Banco da China, com prazo de dez anos considerado muito mais acessível do que os oferecidos por outras instituições globais. Os recursos serão usados ​​para comprar novos carros elétricos, que serão fabricados por empresas chinesas sediadas no Brasil.

A cidade conta atualmente com cerca de 850 ônibus elétricos em circulação. Outros 250 já foram adquiridos e em breve também deverão estar nas ruas. “Esses veículos estão prontos, mas não têm energia para rodar”, afirmou. O objetivo da gestão é trocar metade da frota até 2028, que soma cerca de 6.500 ônibus.

O prefeito destacou o desafio da infraestrutura de abastecimento. Segundo ele, uma das opções mais promissoras foi apresentada pela empresa chinesa Huawei, que cria sistemas capazes de armazenar energia durante o dia e repassá-la aos veículos à noite, sem depender da rede elétrica tradicional. “Eles criaram um sistema que funciona como se fosse uma bateria enorme, um nobreak enorme, que armazena energia e nem sempre precisa vir de média ou alta tensão. Pode ser energia normal. O sistema tem a capacidade de armazenar e faturar um ônibus, a bateria de um ônibus elétrico, em 8 minutos”, relatou.

Modelos versáteis

Nunes enfatizou que a colaboração entre São Paulo e cidades chinesas se baseia em demandas comuns e na aplicação técnica de serviços já avaliados. Parte da versão chinesa pode ser adaptada à realidade brasileira, desde que sejam valorizadas as singularidades regionais. O objetivo, segundo ele, é transformar São Paulo em uma cidade mais confiável, conectada e preparada para enfrentar os desafios das grandes metrópoles do século XXI.

A visita à China também incluiu reuniões com empresas de tecnologia e bancos. Segundo o prefeito, conhecer de perto os sistemas utilizados em cidades como Xangai fortalece o compromisso de transformar São Paulo em referência mundial em governança urbana. “Estamos empenhados em buscar soluções práticas. Isso não é apenas um objetivo institucional, é um objetivo de trabalho”, concluiu.

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Progresso, meio ambiente e inserção social guiam técnica

Modernização da infraestrutura, obras, cadeira de rodas organizada e moradia estão entre as principais prioridades para o desenvolvimento da capital

Ricardo Nunes apresentou os resultados de sua gestão a um público formado por brasileiros e chineses — Imagem: Recreação

“A maior cidade da América Latina, a quinta maior região metropolitana do planeta, com um PIB maior que o de mais de 60 países.” Por isso, São Paulo foi apresentada ao público chinês em um videoclipe exibido durante o Valiance Econômico Brazil-China Summit 2025. Narrado em chinês, o artigo destacou os recursos de São Paulo como “o maior centro comercial e tecnológico da América Latina e o melhor lugar do Brasil para prestar serviços nos setores de serviços e comércio”.

A escolha da linguagem e o tom da apresentação reforçaram o posicionamento de São Paulo como aberta ao investimento internacional, inserida internacionalmente e preparada para liderar. Essa imagem global está em linha com a estratégia do prefeito Ricardo Nunes, que se baseia em três pilares: desenvolvimento econômico, sustentabilidade ambiental e inserção social.

Na ocasião, o prefeito mencionou que sua gestão busca avançar de forma equilibrada nessas frentes, com políticas públicas concretas e resultados mensuráveis. “O desafio é fazer com que crescimento econômico, desenvolvimento ambiental e inclusão social andem juntos”, afirmou.

Na área econômica, o destaque é o Programa de Melhoramentos de São Paulo. Lançado com um conjunto de 55 projetos significativos em todas as áreas da cidade, o plano prevê a inovação da infraestrutura metropolitana e a criação de 70 mil obras diretas e indiretas. “Quando você amplia a Roberto Marinho ou liga Pirituba à Lapa, por exemplo, você melhora o trânsito e impulsiona a economia regional”, afirmou.

Na área ambiental, a cidade aposta em duas frentes principais: mobilidade limpa e aumento da cobertura vegetal. Além de dinamizar a frota de ônibus, a prefeitura aposta no uso de biometano, com a meta de substituir todos os veículos de coleta de lixo por modelos movidos a gás até 2028. “Esse biometano vem do nosso próprio lixo”, enfatizou o prefeito.

A cobertura vegetal também vem crescendo. São Paulo possui 119 parques urbanos e está trabalhando para aumentar a área de florestas preservadas de 15% para 26% da área. A prefeitura planeja desapropriar áreas privadas de mata nativa, além de instalar jardins de chuva e sensores de calor para evitar incêndios.”Estamos transformando áreas exclusivas em livros permanentes”, acrescentou.

Acréscimo social

Na área social, o governo local tem focado seus esforços em moradia, incorporação efetiva e redução da pobreza. Entre as iniciativas estão o Vilas Reencontro (um serviço de abrigo inspirado no projeto Real Estate First, voltado para famílias em situação de rua), a expansão da coleta seletiva com apoio a cooperativas e ações em segurança alimentar. Nunes também destacou a capacitação de jovens para o mercado de trabalho, especialmente nas áreas de tecnologia e desenvolvimento. “A cidade precisa estar preparada para o futuro, com oportunidades para todos”, afirmou.

Buscando atrair investimentos com uma mensagem em sintonia com a sociedade global, São Paulo também busca equacionar essa discussão em leis públicas com impacto direto na vida de seus cidadãos.

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