Servidores públicos reivindicavam aumento de 44%, mas a Câmara autorizou 2,60% em maio deste ano e 2,55% em maio de 2026. O Sindsep afirma que a gestão Nunes prometeu dar continuidade ao diálogo sobre pelo menos outros 9 temas. 1 de 2 Servidores municipais participam de assembleia no Viaduto do Chá, no Centro de SP, nesta terça-feira (6).– Foto: Divulgação/Sindsep

Servidores municipais participam de assembleia no Viaduto do Chá, no Centro de SP, nesta terça-feira (6).– Foto: Divulgação/Sindsep

Após acordo com a Prefeitura de São Paulo, a greve de professores e integrantes dos servidores municipais de São Paulo começa nesta terça-feira (6). O grupo estava em greve desde o dia 16 de abril.

Segundo o Sindicato dos Trabalhadores em Administração Pública e Prefeituras Municipais de São Paulo (Sindsep), o fim da greve foi decidido em coletiva em frente à prefeitura, no Viaduto do Chá, na sede do município, após a Secretaria de Acompanhamento do governo Ricardo Nunes (MDB) ter firmado um acordo para as negociações.

O Sindsep afirma que a gestão Nunes se comprometeu a dar continuidade à discussão com o Fórum de Entidades Sindicais sobre pelo menos nove pontos do projeto salarial de 2025, com a garantia de retorno imediato dos servidores.

Os pontos são os seguintes:

O pagamento de 2,55% em 2026 referente à Proposta Anual Geral de 2025. O pagamento da taxa de reajuste inflacionário continuará na Campanha Salarial de 2026; A publicação de portaria e instrução normativa dispondo sobre a substituição de dias/horas/horários-aulas não funcionou como decorrência dos dias de interrupção (13 de março e 2 de abril) e greve (16 de abril a 6 de maio).E, adicionalmente, a indenização pelos dias de greve da saúde, em decorrência da contaminação da água, na Estrutura Martinelli, realizada por trabalhadores da Divisão Municipal de Habitação, Divisão Municipal de Urbanismo e Licenciamento e Secretaria de Subprefeituras; Não influência da greve nos resultados do Prêmio de Desempenho Educacional (PDE) e do BR do serviço público; Término da ação judicial de conflito de greve movida pela Prefeitura de São Paulo e pela Secretaria Municipal de Educação; Elaboração de plano de resfriamento dos postos de trabalho; Retomada do Grupo de Trabalho sobre saúde mental dos servidores, para conclusão e envio do relatório final; Fomento a ações da gestão para sanar a atual regulamentação de férias que impõe obrigações financeiras aos novos educadores; Mesa de acordo para elaboração de proposta de valorização da profissão de Agente de Assistência à Educação; Reembolso da primeira instalação do PDE até agosto.

Dedicação dos sindicatos

Em contrapartida, os sindicatos se comprometeram a:

Retorno dos servidores ao trabalho; Empresa de estratégia de reposição, conforme padrões desenvolvidos nas ferramentas regulares; Garantia de reposição ou indenização pelos dias/horas não trabalhados, conforme plano de reposição; Desistência da lide, sem ônus para as partes.

Segundo o sindicato, a prefeitura se comprometeu a publicar estatuto e diretriz normativa prevendo a reposição dos dias (horas-aula, no caso dos educadores) não trabalhados pelos servidores em razão das greves, bem como a substituição dos valores descontados dos salários dos servidores metropolitanos, via reposição.

Em nota,A Prefeitura informou que firmou procedimentos de negociação com a categoria e o fim da greve. Declarou que, por meio do acordo, a Prefeitura de Nunes se compromete a valorizar o serviço público. “Com o acordo assinado, a Prefeitura reafirma seu compromisso com a negociação, a valorização do serviço público e a regularização dos serviços prestados à população. O acordo prevê a publicação de um regulamento com regras para alteração de dias e horários não trabalhados, e os estagiários terão o conteúdo alterado de acordo com a empresa de cada unidade escolar. Foi especificado também que as faltas não remuneradas acarretarão em redução proporcional na renda dos servidores.”

Reajuste salarial escalonado de 5,15%

Servidores municipais votam pela continuidade da greve em assembleia realizada nesta manhã (30)

Na semana passada, 29 de abril, a Câmara Municipal aprovou um reajuste salarial escalonado de 5,15% para os servidores municipais, porém os sindicatos e entidades optaram, em assembleia, pela continuidade da greve.

Os servidores reivindicaram:

Reajuste salarial de 44% para os técnicos em educação; Incorporação dos benefícios correspondentes ao salário mínimo de 31,77%, 3% e 5,67%, previstos para o período de 2021 a 2024; Revogação do confisco da previdência social; Redução do valor da previdência social de 14% para 11%.

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que considera o aumento oficial do custo de vida no país, variou 5,65% entre março de 2024 e março de 2025.

Reajuste aprovado

O Projeto de Lei 416/2025, que trata do reajuste salarial dos servidores municipais, foi aprovado com 34 votos a favor e 17 contra entre os vereadores. Não houve abstenções.

A mensagem prevê que o reajuste será feito em duas parcelas:

2,60% a partir de maio de 2025 e 2,55% a partir de maio de 2026. No acumulado, o aumento é de 5,15%. O índice, no entanto, não acompanha a projeção de inflação para os próximos anos. 2 de 2 Ato de servidores municipais em frente à Câmara Municipal na manhã desta terça-feira (29).– Imagem: Bervelin Albuquerque/g1

Ato de servidores municipais em frente à Câmara Municipal na manhã desta terça-feira (29).– Foto: Bervelin Albuquerque/g1

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