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Passageiro morre após ficar preso em porta de proteção do Metrô de São Paulo

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O fato aconteceu nesta terça-feira, dia 6, na estação Campo Limpo, da Linha 5-Lilás

O sistema de portas de plataforma existente na Linha 5-Lilás da Prefeitura está em pleno funcionamento, em todos os terminais do ramal, desde 2022. Nesta segunda-feira, dia 6, um homem ficou preso entre a porta da plataforma e o trem no terminal Campo Limpo, acabou sendo atingido pelo trem e morreu. Foi a primeira vez que um acidente como esse ocorreu nas linhas operadas pela ViaMobilidade, afirmou a concessionária que também opera a Linha 4-Amarela.

Passageiro do metrô morre esmagado entre porta automática e porta de vagão no terminal Campo Limpo. Foto: Tiago Queiroz/Estadão

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As portas são projetadas para proporcionar maior segurança. O sistema utilizado na Linha Lavanda é chamado de Porta de Exibição de Plataforma (PSD). No site da marca, as portas são chamadas de “um sistema que impede que passageiros ou objetos caiam na lateral dos trilhos, por meio da instalação de paredes de proteção e portas automáticas entre o sistema e os trilhos”. As PSDs são integradas à abertura e ao fechamento das portas do trem. As portas possuem um sensor de movimento de obstrução, mas ele funciona apenas para impedir que os trens saiam com as portas abertas. Não há sensores no espaço entre a porta da plataforma e a porta do trem. Portanto, o sensor não foi acionado no caso desta segunda-feira, conforme descrito pela ViaMovilidade. Publicidade: Concessionária afirma que passageiro tentou embarcar no trem mesmo após receber um aviso claro para não passar pela porta do sistema. Foto: Tiago Queiroz/Estadão. Na Linha 2-Verde do Metrô de São Paulo, operada pelo governo estadual,Uma passageira ficou presa entre a porta de segurança e a porta do vagão em março deste ano. O caso aconteceu na Estação Vila Prudente. Na ocasião, a Prefeitura informou que a mulher não se feriu e foi removida com o apoio da equipe da empresa. Em entrevista ao Estadão, o projetista civil Antônio Clóvis Ferraz, professor aposentado da Faculdade de São Paulo (USP), especialista em segurança viária, mencionou que o modelo de porta automática de plataforma é seguro e, em geral, diminui o número de acidentes. “É bastante seguro, então, muito para garantir que, em países que já o utilizam, o número de acidentes graves tenha sido bastante reduzido com essa porta. Mas nenhuma ferramenta é totalmente segura. A automação parte do princípio de que o perigo é mínimo, mas ele existe”, afirma. A superlotação em plataformas e trens, no entanto, contribui para a redução da segurança. “No entanto, este é um problema inerente a qualquer tipo de grande cidade no mundo”, disse ele. Publicidade Confira também: Portas do sistema também estão em outras linhas. Além da Linha 5-Lilás, as Linhas 4-Amarela, também operadas pela ViaMobilidade, e 15-Prata (monotrilho) possuem o sistema em todas as suas estações. As Linhas 1-Azul, 2-Verde e 3-Vermelha possuem portas do sistema em algumas de suas estações. Em fevereiro deste ano, as portas do sistema começaram a ser instaladas na Sé, uma das estações mais movimentadas do município. Outros terminais de grande porte, como Palmeiras-Barra Funda, Corinthians-Itaquera e Tamanduateí, também já contam com o sistema de segurança. Em 2019, quando foram adquiridas, o governo federal de São Paulo afirmou que essas portas são dispositivos de segurança que permitem “a redução do número de interferências nos trilhos, melhorando a fluidez da circulação dos trens e a segurança das pessoas”.“De acordo com o acordo

, as portas adquiridas para as linhas Azul, Ecológica e Vermelha deverão ter 2,10 metros de altura, possuir sensor de visibilidade no espaço entre os trens e as portas e abertura mínima de 70% nas áreas da fachada.Publicidade

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