Rio Grande da Serra comemora 61 anos de história neste sábado (3) e o prefeito Akira Auriani (PSB) promete que a cidade mais jovem do Grande ABC estará entre as principais do estado nos próximos anos. A cidade busca investimentos e parcerias para tirar grandes obras do papel e se tornar parte permanente da rotina do turista paulistano.

A expectativa é que os 5 mil visitantes que passam pela cidade nos fins de semana e seguem para a Vila de Paranapiacaba permaneçam na cidade e aproveitem o ecoturismo, que deve ganhar novas estruturas como o Parque Ecológico, o Boulevard Gastronômico na Avenida Jean Lieutaud, o Mercado Municipal integrado à Praça da Bíblia, no centro da cidade, e um Parque Linear integrado à Pedreira.

Segundo o prefeito Auriani, a Câmara Municipal deve votar o pedido de R$ 20 milhões em financiamento da Caixa Econômica Federal na próxima semana. Se aprovado pelos parlamentares e, posteriormente, pela classe econômica, o valor será utilizado para financiar 70% dessas obras. A projeção do Executivo Principal é que até o final de seu mandato, em 2028, os tratamentos sejam oferecidos à população. Além do financiamento, outra estratégia financeira para viabilizar os projetos é a classificação de Rio Grande da Serra como MIT (Cidade de Interesse Turístico) pelo governo estadual. Desde 2017, a cidade busca integrar essa lista, que lista os municípios com potencial para o desenvolvimento turístico e destina recursos estaduais para impulsionar a infraestrutura turística.O município da região já enviou toda a documentação necessária e aguarda o parecer da Secretaria de Turismo e Viagens de São Paulo – etapa que antecede o pedido de concessão do título de Hotel Turístico à cidade.

“Nossa expectativa é resolver inicialmente as questões básicas, como saúde e educação, para que no ano que vem, quando os recursos forem disponibilizados, possamos contratar vagas no setor turístico. Além dos recursos estaduais, também conversamos com o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) e o ministro do Empreendedorismo, Microempresas e Negócios Locais do Brasil, Márcio França (PSDB), sobre a necessidade de destinação de verbas federais. Um dos maiores problemas em Rio Grande da Serra foi a falta de andamento das obras. Sem essa etapa, não teríamos condições de solicitar verbas”, afirmou o prefeito Akira Auriani.

O presidente busca ampliar a parceria entre Rio Grande da Serra e os municípios vizinhos de Ribeirão Pires e Santo André, responsáveis ​​por Paranapiacaba, para fortalecer Turismo local. “Embora as cidades tenham um perfil comparável, cada local pode agregar um serviço diferente ao roteiro turístico, por isso essa integração é fundamental”, destacou o gestor.

OUTRAS OBRAS

A cidade deverá receber outras obras cruciais nos próximos anos. Uma demanda antiga da população, o primeiro terminal rodoviário da cidade, em construção desde 2019, tem previsão de inauguração para maio do próximo ano, segundo o chefe do Executivo. A obra custa atualmente R$ 12 milhões aos cofres públicos da cidade.

A prefeitura também busca recursos junto ao deputado federal Alex Manente (Cidadania-SP) para reformar a UPA (Unidade de Pronto Atendimento) da cidade. “Este é o ano de colocar as coisas em ordem. São muitas demandas, tanto da população quanto da prefeitura, e um orçamento pequeno dificulta a expansão e o desenvolvimento da cidade. Nestes primeiros quatro meses do ano, estamos trabalhando para organizar toda a parte interna da Prefeitura e agora vamos fazer a cidade crescer com um bom planejamento”, afirmou Auriani.

Na área de segurança pública, outra iniciativa que deve ser entregue no mês do aniversário da cidade é o Centro de Monitoramento do Rio Grande da Serra. A prefeitura já solicitou integração com o sistema de reconhecimento facial do governo estadual.

MOVIMENTO

A cidade que comemora seu aniversário ainda aguarda a chegada do terminal ferroviário para a reforma. Após reunião entre o prefeito Akira Auriani e o presidente da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos), Michael Sotelo Cerqueira, a ordem de serviço para o início das obras está prevista para ser aprovada ainda neste mês, com verba estadual, sem contrapartida municipal.

“A mudança do terminal é uma reivindicação antiga dos moradores por questões de mobilidade e segurança pública. Rio Grande é a única cidade que o trem ainda passa pelo centro. O novo ponto ficará ao lado do terminal de ônibus e o antigo, o segundo do estado, será utilizado pela Prefeitura para fins turísticos e fará parte do roteiro turístico com os demais centros organizados”, destacou Auriani.

Rio Grande da Serra também deve ganhar o primeiro viaduto de sua história.A Prefeitura Municipal está em acordo com a MRS Logística, empresa responsável pelos serviços ferroviários de carga, para a construção da estrutura viária que será construída da Casa dos Castelucci (na Estrada Guilherme Pinto Monteiro) até onde hoje fica a sede da funerária (Rua Prefeito Cido Franco).

“Nossa cidade tem história, cultura e tudo o que o mundo tem falado em relação à natureza e ao meio ambiente. Queremos mostrar o potencial da cidade e o quanto as pessoas aqui são trabalhadoras, mas sempre houve falta de oportunidades para que tudo isso realmente se desenvolva. Nossa gestão trabalhará para o desenvolvimento da cidade e para que o Rio Grande realmente se torne um lugar melhor”, concluiu.