PAULO EDUARDO DIAS E LUCAS LACERDASÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) — O primeiro trimestre de 2025 registrou na cidade de São Paulo 61.829 furtos, um recorde na série histórica, que existe desde 2001. Também houve aumento nos homicídios, que chegaram a 132 vítimas registradas de janeiro a março. Os índices de roubo seguido de homicídio registraram queda, com 13 mortes, ante 18 no primeiro trimestre de 2024.
No estado, por outro lado, as mortes por homicídio doloso atingiram a menor marca da série histórica para o trimestre, com 663 vítimas. O número de casos, 644, também é o menor. No estado, houve variação de 3% no número de furtos no trimestre (passou de 137.282 para 140.947). O número é o segundo maior já registrado, atrás apenas do primeiro ano do governo Tarcísio de Freitas (Republicanos), em 2023, quando a marca ultrapassou 143 mil casos. Os registros de estupro no município também bateram recorde novamente – neste caso, a coleta histórica teve início em 2018, quando o crime passou a ser investigado independentemente da vontade da vítima. Foram 815 casos registrados na cidade de São Paulo nos primeiros 3 meses do ano. Março também registrou recorde de registros, com 302 ocorrências. O quadro se repetiu em todo o estado de São Paulo, com 3.862 ocorrências no primeiro trimestre deste ano. Em relação aos furtos em São Paulo, o aumento foi de 4,6% em relação a 2015, quando foram registrados 59.104 ocorrências. Ao contrário dos roubos, o arrombamento não é executado com violência. Os roubos caíram no prazo nos recursos e no estado.
No geral, foram 45.223 notificações neste ano, em comparação com 51.906 no período anterior. Na cidade, houve um aumento de 30.881 denúncias para 26.758. O aumento nas taxas de homicídios na cidade de São Paulo já havia sido registrado no bimestre, com 95 vítimas, ante 85 no primeiro bimestre de 2015. Considerando apenas o mês de março, foram 37 mortes, mesmo número contabilizado pela Secretaria de Segurança Pública em março de 2024. Procurada por ações preventivas contra arrombamentos e homicídios, a gestão Ricardo Nunes (MDB) respondeu falando à Secretaria de Segurança Pública do governo Tarcísio. Em nota, a secretaria afirmou que investe em leis públicas para combater a criminalidade. “No primeiro trimestre deste ano, São Paulo registrou o menor número de mortes dolosas da história, com queda de 2,76% nos homicídios dolosos e de 17,5% nos feminicídios. A secretaria destaca que todos os casos de crimes contra a vida são avaliados permanentemente pelo SP Vida, programa que orienta estratégias de enfrentamento e proteção a esses crimes.” O departamento também apontou a redução de roubos no estado e nos recursos, associando a redução à ação de desmantelar quadrilhas e investigar redes de obtenção de produtos roubados, que será intensificada para tentar reverter o aumento nos registros de furtos. Em relação aos registros de estupro, o governo federal Tarcísio afirmou que está trabalhando para reduzir a subnotificação desse tipo de crime e citou uma redução nos casos de feminicídio nos primeiros 2 meses (42 casos em comparação com 51 no mesmo período de 2024). No estado, houve 663 mortes por homicídio doloso no primeiro trimestre.com uma queda de 3,4% em comparação com 686 vítimas no mesmo período em 2024. O contraste de março apresentou um ligeiro aumento, com 238 vítimas de homicídio, em comparação com 234 no mesmo mês de 2024. Entre esses alvos estava Eduardo Rodrigues Machado, de 20 anos, baleado no sistema de embarque e desembarque do terminal Vila Matilde (zona leste do terminal), na linha 3 vermelha, em 20 de fevereiro. Minutos antes, ainda dentro do vagão, Machado havia se encontrado com o policial aposentado Enéas José da Silva. Uma câmera de segurança filmou uma briga entre os dois do lado de fora do trem. A briga começou após eles se encontrarem, armados com uma Taurus. Com uma pistola calibre 380, o policial atirou em Eduardo. O menino foi levado para a Unidade de Saúde Municipal do Tatuapé, mas não resistiu e morreu. Silva foi detido em flagrante e permaneceu por alguns dias no Presídio Militar Romão Gomes. Seu mandado de prisão foi expedido em 7 de março. A juíza Isadora Botti Baraldo Moro explicou que o policial aposentado tem residência fixa, é infrator iniciante, tem documentação regular e tem 57 anos. Ele precisa cumprir procedimentos preventivos, como comparecer a julgamento a cada dois meses para denunciar e justificar suas ações. Ao mesmo tempo em que os homicídios aumentaram no município, o número de arrombamentos (roubo seguido de morte) caiu na cidade em março, com quatro mortes.
