Movimento exige visibilidade do presidente do INCRA e do Ministro do Desenvolvimento Agrário no Estado
Manifestantes atearam fogo no trecho onde estava interditado hoje (Foto: Direto das Ruas)
Participantes do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) obstruíram um trecho da BR-163 na manhã desta quarta-feira (30), na saída para São Paulo, em Campo Grande. O protesto é uma resposta à falta de discussão do governo federal sobre as demandas ligadas à reforma agrária no Mato Grosso do Sul. MST obstrui a BR-163 no MS para reforma agrária. Cerca de 150 militantes impedem a passagem de veículos na saída para São Paulo, em Campo Grande, exigindo discussão com o governo federal sobre a distribuição de terras no estado. A ação exige a presença do chefe do INCRA e do Ministro do Desenvolvimento Agrário para assentamentos imediatos. Eles alegam que o Mato Grosso do Sul é o único estado sem soluções concretas para a regularização fundiária e negociação das famílias acampadas. Os resgates têm permissão para passar. Segundo os manifestantes, o bloqueio se deve à falta de reação do INCRA (Instituto Nacional de Emigração e Reforma Agrária) e do Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar. “Decidimos fechar porque o INCRA é habitado, mas até agora o governo não respondeu às nossas reivindicações. Queremos que Cesar Aldrighi (INCRA) e o Ministro Paulo Teixeira (Desenvolvimento Agrário) venham. Eles dizem que podem ser encontrados em um mês, mas um mês depois do outro não resolverá o nosso problema”, disse Claudinei Barbosa, 44, um dos manifestantes. Dezenas de militantes aderiram ao movimento. (Foto: Direto das Ruas) Mato Grosso do Sul,Segundo os militantes, este é o único estado que ainda não recebeu um feedback eficiente sobre a circulação de terras. Cerca de 150 pessoas de diversas regiões estão reunidas na contestação. Eles dizem que estão liberando a passagem de ambulâncias, mas mantêm o bloqueio para vários outros carros. “A resposta que esperamos é a presença dos dois representantes do governo federal aqui, com dia e hora marcados. O superintendente do Incra no estado não toma providências. Vamos ficar até termos uma ação concreta, não algo que vai acontecer daqui a um mês”, proclamou Claudinei. A moção exige a regularização fundiária e a negociação de famílias acampadas em diferentes regiões do estado. A manifestação continua sem previsão de fim. BR-163 na saída para São Paulo bloqueada (Imagem: Direto das Ruas) Manifestações – No dia 26 de abril, cerca de 300 famílias do MST ocuparam uma propriedade rural da empresa JBS, localizada no distrito de Panambi, em Dourados, às margens da MS-379. O objetivo da ocupação era denunciar que o imóvel residencial ou comercial não cumpria sua função há mais de 12 anos, além de exigir o reassentamento das famílias que habitavam a região há meses. A ação provocou forte reação dos proprietários e a mobilização de forças de segurança estaduais, incluindo o Batalhão de Choque, o DOF (Divisão de Operações de Fronteira) e o Corpo de Bombeiros. No dia seguinte, o contato com as superintendências do Ministério do Desenvolvimento Agrário e do INCRA foi necessário para impedir que o problema se agravasse. No entanto, a ação policial realizada para eliminar os manifestantes utilizou bombas de efeito moral e balas de borracha.A tensão na região se intensificou. Em 28 de abril, novas ações do MST ocorreram. Durante a madrugada, militantes bloquearam a rodovia BR-060, rodovia que liga Campo Grande a Sidrolândia, bloqueando o acesso ao distrito. Até o momento desta publicação, não havia previsão para a retomada da rodovia. Na mesma manhã, integrantes do movimento se reuniram na sede do Incra em Campo Grande, buscando soluções sobre uma negociação em Sidrolândia. Receba as principais notícias do estado via WhatsApp. Acesse aqui a Rede de Notícias de Campo Grande e acompanhe nossas redes sociais.
