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Quatro policiais de Santo André, na região do ABC paulista, foram presos na manhã desta sexta-feira, 25, pela Polícia Federal, suspeitos de exigir propina de influenciadores de funk que utilizavam suas redes sociais para promover ações ilegais. A operação, em parceria com o Ministério Público de São Paulo (MP-SP), contou com o apoio da Corregedoria da Polícia Civil. Os policiais alvos da operação estão lotados na 6ª Delegacia de Polícia da cidade. Mandados de busca e apreensão também foram cumpridos em endereços em Santo André, Mauá e São Paulo. Em nota, a Secretaria Estadual de Segurança Pública confirmou a prisão preventiva dos quatro agentes e informou que a Corregedoria da Polícia Civil está apoiando a operação da PF e do MP-SP. A reportagem tenta entrar em contato com as defesas do policial detido, cujos nomes não foram divulgados. O produto publicitário foi apreendido na fase anterior da Operação Latus Ação II, em dezembro.

Imagem: Divulgação/PF

De acordo com a Força-Tarefa Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do MP-SP, as prisões foram realizadas em decorrência de investigações realizadas a partir das operações Latus Ação 1 (e Lactus Ação 2, deflagradas, respectivamente, em 12 de março e 12 de dezembro de 2024), contra uma organização criminosa formada para arrecadar recursos dentro da delegacia. Nessas ocasiões, um policial civil foi preso preventivamente e outro foi afastado do cargo. Os celulares dos envolvidos também foram apreendidos e a investigação teve acesso ao conteúdo de conversas que revelaram que o policial obtinha dinheiro de conhecidos “funkeiros”.bem como proprietários de empresas produtoras e supervisores dos artistas, para não apurar a promoção de golpes e jogos de azar. Os mandados de prisão em aberto para a operação em questão foram expedidos pela Justiça, que também obteve a apuração da privacidade bancária dos investigados. Material apreendido na fase anterior da Operação Latus Actio II, em dezembro. Imagem: Divulgação/PF. Ainda segundo o MP, os agentes da Polícia Civil montaram processos de Validação de Origem de Informações (VP), supostamente para apurar a prática de sorteios ilícitos realizados por influenciadores em suas redes sociais. A conduta pode configurar crime de exploração de apostas e os crimes de estelionato e lavagem de dinheiro.Publicidade Leia também O VP é uma apuração inicial de fatos ou problemas que podem ensejar a abertura de um inquérito policial. “No entanto, o objetivo real do policial era solicitar vantagem pecuniária desnecessária (propina) aos suspeitos e seus respectivos advogados, sob o pretexto de não dar continuidade às investigações”, alega o MP. Além do MP-SP, foi acionada para o procedimento a Força Integrada de Combate à Máfia de São Paulo (Ficco/SP), atualmente composta pela Polícia Federal, Secretaria de Segurança Pública (SSP), Secretaria de Gestão Penitenciária (SAP) e Secretaria Nacional de Planos Penitenciários (Senappen).

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