
Segundo a investigação, os representantes extorquiram dinheiro de MCs, donos de produtoras e empresários de artistas para não apurar a exploração ilícita de jogos de azar. 1 de 1 Material apreendido na fase anterior do Processo Latus Ato II, em dezembro– Foto: Divulgação/PF
Material apreendido na fase anterior do Processo Latus Ato II, em dezembro– Imagem: Divulgação/PF
Uma operação do Governo Federal e do Ministério Público Estadual, com apoio da Corregedoria da Polícia Civil, prendeu nesta sexta-feira (25) quatro policiais civis de Santo André, na Grande SP, suspeitos de aplicarem propina para impedir a investigação de artistas de funk que promoviam rifas ilegais nas redes sociais.
A operação foi consequência de uma investigação aberta em 2021 pela PF para apurar a ligação entre donos de produtoras de funk e integrantes da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC).
Nesta terceira fase da Operação Latus Actio (ação ampla, em latim), também estão sendo cumpridos cinco mandados de busca e apreensão nas cidades de Santo André, Mauá e São Paulo. Os presos serão encaminhados à Delegacia de Polícia Federal e qualquer objeto apreendido será levado à Polícia Federal.
A primeira fase da operação foi deflagrada em março do ano passado. Na época, investigadores particulares apreenderam celulares de pessoas sob investigação.
As mensagens recebidas desses telefones revelaram que policiais estavam extorquindo dinheiro de MCs, donos de produtoras e empresários de artistas para impedir investigações de jogos ilegais.
Com base nessas informações,A Polícia Federal deflagrou a fase 2 da Latus Actio em dezembro de 2015. Um detetive da 6ª DP de Santo André foi preso. Rifas criadas por influenciadores: veja o que diz a lei sobre a técnica. Outro foi afastado do cargo e até um policial foi alvo de buscas. Os três foram denunciados à Justiça e respondem a processos por corrupção passiva. No total, 16 pessoas foram indiciadas no último boletim de ocorrência das fases 1 e 2 da operação pelos crimes de lavagem de dinheiro, organização criminosa, crimes contra a ordem tributária, organização criminosa e agiotagem de veículo. O que diz a SSP. Em nota, a Corregedoria da Polícia Civil confirmou que está prestando apoio à terceira fase da Operação Latus Actio, da Polícia Federal e do Ministério Público, na manhã desta sexta-feira (25).
Segundo a Secretaria, a operação visa cumprir 5 mandados de busca e apreensão e 4 mandados de prisão preventiva contra agentes civis lotados na 6ª DP de Santo André.
A operação ocorre nas cidades de Santo André, Mauá e São Paulo. Mais informações devem ser solicitadas aos órgãos responsáveis.
A SSP afirmou que “preza a legitimidade e a transparência e não desculpa a má conduta de seus representantes, punindo exemplarmente aqueles que ferem a legislação e desobedecem aos métodos estabelecidos. Por isso, oferece auxílio na referida operação”.
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