
A principal teoria sob investigação é que Bruna Silva foi morta após sair de um terminal de metrô na Zona Leste no dia 13. Um registro preliminar sugeriu que a possível causa da morte da estagiária foi asfixia por estrangulamento.
Autoridades divulgam retrato falado do suspeito do assassinato de aluna da USP na Zona Leste de São Paulo
A Polícia Civil divulgou nesta quarta-feira (23) o retrato falado do homem que supostamente matou a aluna da USP Bruna Oliveira da Silva em Itaquera, Zona Leste de São Paulo.
A imagem foi revelada utilizando um método de retrato falado colorido com o auxílio de inteligência artificial (IA), com o auxílio da imagem obscurecida obtida por uma câmera de segurança.
Fontes das autoridades mencionam que um registro preliminar mostrou que a possível causa da morte da estagiária foi asfixia por estrangulamento. No entanto, o laudo oficial não foi pronto. Especialistas aguardam os resultados de outros exames correspondentes.
Na noite de terça-feira (22), a Polícia Civil já havia realizado uma operação para tentar identificar e prender o homem que abordou a jovem na saída do Terminal Itaquera do Metrô, da Linha 3-Vermelha, porém as investigações não localizaram o suspeito.
Câmeras de segurança registraram o momento em que o mesmo homem da imagem segue e se aproxima da aluna, na saída do Terminal Itaquera (veja o vídeo abaixo).
Vídeo mostra o minuto em que um homem aborda uma aluna morta da USP perto do metrô.
O Departamento Estadual de Homicídios e Defesa Pessoal (DHPP) está investigando o caso como homicídio e tenta esclarecer a motivação do crime.
“Nossas equipes estão tentando localizar este homem, que sabemos ser morador da região, mas não reconheceu a vítima. Nos vídeos analisados, ele aparece acompanhando a aluna, mas as imagens não revelam nada nem os dois. Suspeitamos que ele a agarrou e a levou para o local onde a eliminou”, afirmou Ivalda Aleixo, supervisora do DHPP. 1 de 4 Mapa do suposto assassino da estagiária Bruna Oliveira, na Zona Leste de São Paulo.– Foto: Reprodução/TV Globo
Mapa do suposto assassino da estagiária Bruna Oliveira, na Zona Leste de São Paulo.– Foto: Reprodução/TV Globo
2 de 4 Retrato falado do suposto assassino da estudante Bruna Oliveira, na Zona Leste de São Paulo.– Foto: Reprodução/TV Globo
Mapa do suposto assassino da estudante Bruna Oliveira, na Zona Leste de São Paulo.– Foto: Reprodução/TV Globo
A aluna tinha 28 anos e estava desaparecida desde o dia 13 de abril, quando saiu da estação Corinthians-Itaquera do metrô a caminho de casa, onde morava com o pai. A TV Globo teve acesso a outro vídeo que mostra a vítima caminhando sozinha (veja abaixo).
O corpo dela foi encontrado na quinta-feira (17) em um estacionamento vizinho. Ele estava seminu e com hematomas, sinais de violência física e queimaduras. Ao lado dele, foram encontrados um sutiã e um saco plástico, que foram apreendidos pela perícia. Câmeras eletrônicas flagraram a jovem saindo do terminal antes de ser morta em SP. O Instituto Médico Legal (IML) da Superintendência de Autoridades Técnico-Científicas está realizando exames para apurar a causa da morte. Segundo a perícia, uma das possibilidades é que a jovem tenha sido agredida, derretida e asfixiada.Mas ainda não foi concluído o laudo pericial que determinará como ela morreu. O caso havia sido registrado inicialmente como “morte duvidosa” e seria investigado no 24º Distrito Policial (DP), Ponte Rasa. Mas, devido à sua complexidade, foi encaminhado ao DHPP, onde o terminal especializado encontrou indícios de crime no corpo de Bruna. “É mais do que provável que ela tenha sido assassinada”, afirmou Ivalda. Corpo de aluna que desapareceu após sair do terminal de Itaquera é encontrado com sinais de agressividade em SP. Bruna deixou um filho de 7 anos de um relacionamento anterior. Seu ex-marido, atual namorado da aluna e familiares foram ouvidos pela polícia. Os depoimentos auxiliarão as investigações no inquérito que busca esclarecer sua morte. Segundo familiares, antes de desaparecer, a aluna estava na casa do namorado. “Quando vi que ela não tinha chegado, foi um choque”, disse Igor Rafael Sales, que namorava Bruna há três meses. Ele mora no Butantã, na Zona Oeste dos recursos. 3 de 4 Bruna Oliveira da Silva e o sócio Igor Sales — Imagem: Arquivo Pessoal
Bruna Oliveira da Silva e o sócio Igor Sales — Imagem: Arquivo Pessoal
Quem foi Bruna
Bruna é formada em história pela Universidade de São Paulo (USP). Concluiu o mestrado em história social pela Faculdade de Abordagem, Letras e Ciências Humanas (FFLCH) da USP em 2020. Recentemente, havia sido aprovada para um mestrado de pós-graduação em mudança social e atuação política na Faculdade de Artes, Ciências e Humanidades (EACH) da mesma universidade.
“Minha filha sempre lutou pelo feminismo.Ela era totalmente contra a violência contra a mulher. Ela estudou isso e morreu exatamente como ela mais temia e como eu mais temia. E aí eu me pergunto: ‘Por que não foi eu?’. A dor teria sido muito menor”, afirmou a mãe da estagiária, Simone da Silva, à TV Globo. Em nota, a diretoria da EACH lamentou a morte da estagiária: “A diretoria envia suas condolências aos familiares e amigos.” 4 de 4 Pais de Bruna Oliveira — Foto: TV Globo
Pais de Bruna Oliveira — Foto: TV Globo