Bruna passou o fim de semana na casa do namorado Igor Sales, mas desapareceu no dia 13 de abril após chegar à estação Itaquera, na Zona Leste. O corpo foi encontrado com sinais de agressividade na quinta-feira (17) em um estacionamento particular. 1 de 4 Bruna Oliveira da Silva e o namorado Igor Sales — Imagem: Arquivo Pessoal

Bruna Oliveira da Silva e o namorado Igor Sales — Foto: Arquivo Pessoal

O namorado da estudante Bruna Oliveira da Silva, de 28 anos, que foi encontrada morta nos fundos de um estacionamento na Zona Leste de São Paulo na última quinta-feira (17), relatou como foram os últimos minutos antes da menina ir embora, no domingo (13).

Segundo Igor Rafael Sales, com quem Bruna namorava há três meses, ela passou o fim de semana na casa dele, no Butantã, Zona Oeste. No domingo, ele a levaria de volta para sua casa, em Itaquera, Zona Leste. No entanto, devido à chuva e ao fato de ele ter uma bicicleta, o casal decidiu que ela certamente retornaria de metrô e ônibus.

“Eu ia levá-la e começou a chover, e eu realmente não queria que ela fosse pega pela chuva porque Itaquera é muito longe. Ela decidiu que passaria de metrô. O preço do carro pelo aplicativo era caro. Então, eu a deixei no terminal e me despedi dela”, afirmou.

Segundo ele, assim que chegou ao terminal, Bruna disse que havia perdido o ônibus e que faria o resto do caminho a pé, uma caminhada de cerca de 10 minutos após descer na estação Corinthians-Itaquera. Câmeras de segurança filmaram a menina saindo do terminal.

A bateria do celular de Bruna estava fraca. Mesmo assim, os dois se comunicaram por mensagem de texto.

“Às 21h40,Enviei uma mensagem porque sabia que o trem de Itaquera, em um determinado ponto, dava sinal. Às 22h, ela me disse que tinha ido ao terminal, disse que o ônibus já tinha passado e que ia a pé. Então, eu disse a ela para não ir a pé e pegar um Uber [aplicativo de transporte por aplicativo]. Paguei as fotos. Ela disse que esperaria o preço baixar. Depois disso, eu disse a ela que já tinha enviado [o dinheiro], ela disse.

O parceiro disse que, como o trajeto era curto, esperava notícias em alguns minutos.

“Foi muito perto [caminho]. Então, depois de 10 minutos, perguntei: e aí, deu certo? Só veio a mensagem. Precisei de mais de 10 minutos e só tocou. E depois ela não atendeu. Ela sempre me avisava. Às 23h30, mandei uma mensagem de boa noite para ela. Fiquei procurando até o amanhecer e nada. De manhã cedo, vi mensagens de parentes perguntando da Bruna. Quando vi que ela não tinha chegado, foi um choque. Não sabia o que dizer”, destacou. 2 de 4 Igor Sales namorava Bruna Oliveira da Silva há 3 meses– Imagem: TV Globo

Igor Sales namorava Bruna Oliveira da Silva há 3 meses– Foto: TV Globo

No dia seguinte, Igor foi até o hospital e conversou com funcionários de bancas de jornal próximas para obter informações.

“Os dias se passaram. Fui até o terminal e procurei, mas nada. Fiquei determinado. Nunca mais passei por aquilo”, afirmou.

O corpo de Bruna foi encontrado quatro dias depois com sinais de agressividade.

“O policial me ligou dizendo que eu deveria ir até a delegacia.Fiquei mais do que feliz pensando que a havia encontrado e levado para a delegacia. Mas depois liguei para a Simone [mãe da Bruna] e ela me disse que a encontraram [morta] no estacionamento. “Quero que quem fez isso seja preso.” Ainda em choque, o namorado se lembrou dos planos que tinha com a jovem. “Todos gostavam dela. Ela nunca me contou que estava em perigo. Nosso relacionamento foi tão bom, tão intenso. Íamos para Ouro Preto em maio e queríamos nos casar.” Atualmente, não funcionará mais”, enfatizou.

Câmeras de segurança

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Câmeras de segurança registraram a aluna Bruna Oliveira da Silva saindo do Terminal Municipal de Itaquera, na Zona Leste de São Paulo, alguns minutos antes de desaparecer no último domingo, 13 de abril.

As imagens foram adquiridas com exclusividade pela TV Globo (assista ao vídeo ao lado).

A primeira sequência do vídeo ao lado mostra Bruna saindo do terminal e atravessando a rua. Ela seguia em direção à sua casa, que fica a cerca de 20 minutos de caminhada do local; na segunda cena do vídeo, outra câmera registra a jovem caminhando por um trecho que costumava percorrer; na terceira cena, a menina não aparece mais — é um trecho que Bruna deveria ter passado em seu caminho. A polícia acredita que ela foi flagrada em um ponto entre a segunda e a quarta. e terceiras áreas filmadas pelas câmeras.

Agora, as autoridades estão buscando imagens de vídeo de uma quarta câmera que pode ter registrado o momento em que Bruna foi abordada ou abordada por alguém.

Corpo encontrado com indícios de agressividade 3 de 4 Bruna Oliveira da Silva deixa um filho– Foto: Reprodução

Bruna Oliveira da Silva deixa um filho– Imagem: Reprodução

O corpo de Bruna foi encontrado na tarde de quinta-feira (17), na Avenida Miguel Ignácio Curi, com indícios de agressão. Ela estava apenas de roupa íntima. A família compareceu ao Instituto Médico Legal (IML) na sexta-feira (18) e reconheceu o corpo por meio das tatuagens da jovem.

Ainda não há informações sobre possíveis suspeitos ou a causa da morte. O caso está sendo investigado pelo Departamento Estadual de Homicídios e Defesa Pessoal (DHPP).

“As investigações estão em andamento com o objetivo de esclarecer completamente os fatos”, informou a Secretaria de Segurança Pública em nota.

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Bruna cursava mestrado em Adaptação Social e Engajamento Político na Universidade de São Paulo (USP). Ela era mãe de um menino de 7 anos.

A mãe de Bruna afirmou que a menina era feminista e lutava contra a violência sexual:

“Minha filha lutou constantemente pelo feminismo. Ela era muito contra a violência contra as mulheres. Ela enfrentou isso e morreu exatamente como mais temia e como eu mais temia. Aí eu me pergunto: ‘Por que não fui eu?’. O sofrimento seria bem menor”, lamentou.4 de 4 Bruna falou com a família pela última vez na noite de domingo — Foto: Recreation

Bruna falou com a família pela última vez na noite de domingo — Imagem: Recreation

O pai de Bruna afirmou que sua filha adorava ajudar os outros e não via maldade nas pessoas.

“Ela vivia no mundo de Alice no Céu. Para ela, todos eram pessoas boas. Ela era uma criança grande. Ela não era má em nada e nunca fazia mal a ninguém. Cada animal de estimação ou gato que encontrava na rua, ela dizia: ‘Pai, leva para casa'”.

“Para mim, ela nunca vai morrer. Onde quer que eu esteja, ela estará ao meu lado, porque ela era meu anjo da guarda”, frisou.

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