Bruna Oliveira da Silva desapareceu no domingo (13) após dar entrada no terminal de Itaquera, na Zona Leste. O corpo foi encontrado com sinais de violência na quinta-feira (17). As autoridades buscam imagens de câmeras de segurança para ajudar a identificar o autor do crime. 1 de 3 Simone da Silva é amparada por familiar durante velório da filha– Foto: Reprodução/TV Globo

Simone da Silva é amparada por familiar durante velório da filha– Imagem: Reprodução/TV Globo

Em meio a muita emoção e comemoração, o corpo da estudante Bruna Oliveira da Silva — encontrado morto no fundo de um estacionamento na quinta-feira (17) — foi velado na manhã deste sábado (19) no Cemitério Vila Carmosina, na Zona Leste de São Paulo.

Vários familiares e amigos compareceram ao evento, que foi rápido e durou menos de 2 horas. Em estado de choque, a mãe da menina, Simone da Silva, carregou uma rosa branca durante o cortejo fúnebre.

“Eles fizeram uma coisa muito feia com a minha filhinha. Tiraram a vida de uma sonhadora, uma mulher de bem, uma menina que nunca fez mal a ninguém. Eu só quero justiça. Isso não vai tirar a minha dor, mas pelo menos vão prender quem fez isso com a minha filha. Porque se eles ficarem em liberdade, vão tirar a vida de outras filhas e eu não quero esse sofrimento para nenhuma mãe”, afirmou Simone.

Mãe de uma criança de 7 anos, Bruna tinha 28 anos, era mestranda em Mudança Social e Engajamento Político na USP e era feminista.

A aluna havia desaparecido no caminho para casa no último domingo (13), após sair no terminal Corinthians-Itaquera. (Saiba mais abaixo.)

2 de 3 Bruna Oliveira da Silva deixa um filho– Foto: Reprodução

Bruna Oliveira da Silva deixa um filho– Foto: Recreação

Desaparecimento

Segundo a família, Bruna passou o fim de semana na casa do marido, no Butantã, bairro localizado na Zona Oeste da capital paulista.

A caminho de casa, na noite de domingo, a aluna pegou o metrô e foi até a estação Corinthians-Itaquera, da Linha 3-Vermelha, na Zona Leste.

No mesmo horário, o pai de Bruna estava com o neto em casa, esperando a aluna chegar para ir trabalhar.

Ao chegar à estação, a aluna ligou para a mãe, avisando que havia perdido o ônibus e que a bateria do celular estava fraca. Ela chegou a cobrar o aparelho por alguns minutos em uma banca de jornal.

Segundo Simone, o trajeto entre o metrô e a casa da filha é de 10 minutos a pé ou 5 minutos de carro. Como já era tarde, ela aceitou pegar um carro por aplicativo, após receber uma transferência da família pelo aplicativo Pics. Mesmo assim, Bruna nunca mais voltou para casa.

“Falei com ela às 22h20. A última vez que ela foi vista no celular foi às 22h30. A pessoa que a pegou foi buscá-la menos de 5 minutos depois de eu ter falado com a minha filha”, disse Simone.

3 de 3 Bruna falou com a família pela última vez na noite de domingo — Foto: Recreação

Bruna falou com a família pela última vez na noite de domingo — Foto: Recreação

O pai de Bruna também afirmou que desistiu de trabalhar para ficar com o neto e esperar a filha chegar.Ele acabou dormindo e percebeu que sua filha não havia voltado para casa no dia seguinte.

Então, a família registrou um boletim de ocorrência como desaparecida e iniciou as buscas pela aluna.

Foi somente ao meio-dia de quinta-feira (17) que o corpo de Bruna foi encontrado com sinais de violência em um estacionamento na Avenida Miguel Ignácio Curi, no bairro Vila Carmosina.

A família foi ao Instituto Médico Legal (IML) nesta sexta-feira e reconheceu o corpo pelas tatuagens da menina.

Até o momento, não há informações sobre possíveis suspeitos ou a causa da morte. O caso está sendo investigado pela Divisão Estadual de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).

“As investigações estão em andamento com o objetivo de esclarecer completamente os fatos”, informou a Secretaria de Segurança Pública em nota.

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