São Paulo registra quinta morte por dengue e número de bairros na epidemia praticamente triplica
Cinco pessoas morreram em decorrência da febre da dengue em São Paulo, segundo o novo boletim epidemiológico sobre arboviroses da Secretaria Municipal de Saúde. O número de bairros com surto da doença aumentou de cinco para 14 em apenas alguns dias. Os dados são provisórios e datam de 9 de abril.
No Jardim Ângela, Grajaú e Capão Redondo, na zona sul; Cachoeirinha, Casa Verde, Freguesia do Ó, Perus, Pirituba, São Domingos e Brasilândia, na zona norte; e Raposo Tavares, Lapa, Pinheiros; e Rio Pequeno, na zona oeste, a taxa de incidência ultrapassou a marca de 300 casos de dengue por 100 mil habitantes. Em São Paulo, a incidência da doença é média, com 222,2 casos por 100 mil habitantes. A cidade registrou 26.677 infecções. Jardim Ângela (2.369), Capão Redondo (1.350), Grajaú (1.210) e Brasilândia (1.139) apresentam o maior número de ocorrências da doença. As zonas Sul e Norte concentram o maior número de casos, com 8.945 e 6.223, respectivamente. Em abril de 2025, foram confirmados 1.392 casos de dengue — cerca de 154 por dia. Em 2024 (janeiro a abril), o município contabilizou 145.926 casos de dengue, com 49 óbitos. Somente em abril, no mesmo período, a Secretaria de Saúde confirmou, em média, 459 infecções por dia. O Ministério da Saúde divulgou, em 8 de abril, que intensificará as ações de combate à dengue nos 80 municípios mais afetados pela doença. São Paulo está entre elas. A Secretaria Municipal de Saúde informou que monitora regularmente a situação epidemiológica da dengue na capital e realiza ações de prevenção e controle diariamente. Cuide-se, Ciência,Hábitos e prevenção em um boletim eletrônico para seu bem-estar e saúde Carregando… Em 2025, já foram realizadas mais de 3,6 milhões de ações em São Paulo — visitas domiciliares, bloqueio de criadouros, nebulização, aplicação de larvicidas em pontos estratégicos e em locais de difícil acesso (com drones) e ações educativas voltadas à conscientização da população. No sábado (12), mais de 30 mil imóveis foram vistoriados em ações para bloquear criadouros, e mais de 1.400 quarteirões realizaram nebulização em todas as áreas
dos recursos, com foco nas áreas de manejo com maior incidência da doença. Mortes por dengue Das três mortes confirmadas nesta quarta-feira (16), duas são do distrito administrativo do Jardim Ângela — um homem de 74 anos e uma mulher de 34 anos — e uma da Brasilândia. Trata-se de um homem de 24 anos. Os três apresentavam comorbidades. O segundo óbito, de um homem de 69 anos, morador da Mooca, na Zona Leste, ocorreu em fevereiro. O primeiro óbito na capital paulista, em 30 de janeiro, foi de uma menina de 11 anos, moradora do bairro Ermelino Matarazzo, na Zona Leste. A jovem tinha histórico de anemia falciforme e asma. Não há registro, pelo menos até 31 de dezembro de 2024, de que a jovem tenha sido imunizada na rede pública de saúde. Grupos de risco – como gestantes, idosos, crianças menores de 2 anos, portadores de doenças crônicas e imunossuprimidos – requerem atenção redobrada e devem procurar atendimento médico assim que surgirem os primeiros sinais de febre da dengue. Quando a pessoa desenvolve sintomas graves da febre da dengue, principalmente o choque causado pela doença,O que representa sua maior dificuldade é que o risco de morte se torna extremamente alto, mesmo com amplo tratamento médico, visto que o corpo já sofreu danos extensos. Nesse estágio crítico, há uma queda perigosa da pressão arterial, sangramento descontrolado e o risco de falência de órgãos vitais – cenários que, juntos, tornam a recuperação extremamente difícil. A dengue apresenta uma série de sinais e sintomas. Em casos moderados, os sintomas mais comuns incluem febre acima de 38 °C, dores de cabeça, dores nas articulações e desconforto atrás dos olhos, além de inchaço nos gânglios linfáticos, coceira e manchas vermelhas na pele. Em casos extremos, a doença pode causar náuseas ou vômitos, vômitos, hemorragias, dor abdominal intensa e tontura ao ficar em pé.
