A área tinha cerca de 300 casas e pelo menos 60 foram demolidas. Segundo a SSP, o terreno é uma área de preservação ambiental e pertence a uma empresa proprietária.

Família haitiana é expulsa de terreno invadido na Zona Norte de SP.

Um terreno particular habitado majoritariamente por famílias haitianas na região de Pirituba, na Zona Norte de São Paulo, foi alvo de novo despejo nesta quarta-feira (16). Uma moradora foi algemada pelas autoridades na frente dos filhos e levada para uma delegacia de polícia.

No ano passado, a comunidade, chamada Renascer, já havia sofrido outra ação de demolição.

A ação da Polícia Militar começou logo na madrugada: a remoção dos moradores começou por volta das 3h e durou várias horas. Cerca de 150 famílias residiam em cerca de 300 casas. Pelo menos 60 residências desabaram.

O clima ficou tenso. Uma mulher de 36 anos foi presa e colocada atrás das grades por desacato à autoridade. Ela foi retirada à força do barraco onde morava. Determinada, assim como Kathy, ela morava no local há cinco meses com o marido e três filhos. Ela é haitiana e mora no Brasil há 10 anos. Kathy foi algemada na frente de duas crianças, entre elas, uma que tentava se aproximar dela, e um bebê estava nos braços de um policial. Ela foi levada para a delegacia de Vila Penteado. 1 de 1Mulher presa por resistência e desacato à autoridade durante ação de execução hipotecária. — Foto: Recreação TV Globo

Mulher é presa por resistência e desacato à autoridade durante ação de reintegração de posse.– Imagem: Replicado da TV Globo

O professor e autônomo Oscar Belevue também é imigrante e ficou na região. Ele não tinha apenas medo de perder sua casa, mas também temia pela segurança de seu filho de quatro anos, que poderia se machucar durante a atividade.

Minha casa fica aqui atrás. Então, pedi a vocês, por favor, que nos ajudassem, imigrantes, já que não temos para onde fugir. Ninguém quer viver em situação precária, mas não tem outro jeito… aluguel é caro, tudo é caro no Brasil. É difícil. — Oscar Belevue, imigrante haitiano

O terreno pertence à empresa Conspedra. Segundo a Secretaria de Proteção ao Público (SSP), a área faz parte de uma área de preservação ambiental.

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