Renato Paiva ainda não conseguiu fazer o time alvinegro jogar um futebol eficiente, enquanto o argentino pode ser delegado em caso de derrota. Renato Paiva está com dificuldades para implementar suas ideias no Botafogo. Foto: Vitor Silva/Botafogo

A passagem de Renato Paiva no Botafogo não foi um sucesso imediato. No entanto, causou certa irritação entre os torcedores em seu início. Depois de um início interessante — um empate com o Palmeiras no Brasileirão —, os outros jogos tiveram muito mais baixos do que altos, e a derrota para o Bragantino no fim de semana submeteu um time que pouco se destacou. Hoje, às 18h30, o time alvinegro enfrenta o São Paulo, treinado por um intimidado Luis Zubeldía, em uma partida que não ganhou muita importância.

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A amostra até aqui também é curta para fazer uma análise constante de Paiva liderando a Libertadores e o campeão brasileiro. Do lado defensivo, por exemplo, o desempenho pode ser considerado positivo, com o time tendo sofrido apenas dois gols em cinco jogos — nas goleadas por 1 a 0 para a Universidad de Chile, na Libertadores, e para o Bragantino.

No entanto, o ponto forte deste Botafogo no ataque, que se caracterizou pela verticalidade e grande vigor físico, tem sido o desfalque. Embora ainda tenha posse de bola, o time não tem conseguido equacionar isso em chances ou jogadas qualificadas.No suado triunfo por 2 a 0 sobre o Carabobo, exagerou nos cruzamentos. Com quatro gols marcados, o time segue com o histórico negativo do início do ano, sendo o pior ataque entre os times da Série A de 2025 e um dos que mais precisa finalizar para marcar no início do Campeonato Brasileiro. Ao confirmar a contratação de Paiva após 2 meses sem técnico, John Textor reafirmou que queria um nome que fizesse o time voltar a ser “inteligente, rápido e eficiente”. Isso ainda não é uma realidade. A necessidade do Palmeiras de abrir o placar na estreia no Campeonato Brasileiro permitiu ao Botafogo encontrar um jogo de transição sólido e causar um bom impacto, porém o cenário mudou drasticamente ao enfrentar um adversário mais fechado. Mesmo assim, qualquer frustração não ganha espaço devido ao pouco tempo de trabalho.

Hoje, no Nilton Santos, o clube certamente receberá um desafiante que lhe proporcionou alegria em 2024. O São Paulo foi vítima nas quartas de final da Libertadores, foi eliminado no Morumbi e “permitiu” o título brasileiro na última rodada. Além disso, Zubeldía está cada vez mais na mira. Uma derrota para o tricolor pode significar a expulsão do técnico argentino.

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